Bíblia aberta com caneta

Nem sempre tem lógica

Após uma complexa explicação sobre como Deus elegeu os israelitas, como teve misericórdia de nós e terá também deles, o apóstolo Paulo nos deixa esse registro:

“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?” (Romanos 11:33‭-‬34)

Para ser sincero a explicação de Paulo não é tão complexa, ela é difícil de engolir pois desafia o nosso senso de justiça.

Às vezes é assim mesmo que Deus age: de uma maneira que nós não conseguimos compreender. Qual a lógica, por exemplo, de uma criança que nasce com uma doença incurável? Ou de uma doença específica? Qual a lógica que faz com que o ímpio folgue em paz enquanto o justo luta pelo alimento de cada dia?

Esses questionamentos são coisas que já passaram pela cabeça da maioria de nós.

O que Paulo nos diz é que os planos de Deus são muito mais altos que os nossos e não podemos compreendê-los. Na verdade, Paulo está só reverberando o que Deus disse para Jó:

“Depois disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo: Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás. Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina, quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?” (Jó 38:1-7)

Nessa toada Deus vai até o capítulo 41, num longo discurso. No final das contas, quem somos nós para compreender ou para questionar o agir de Deus.

Se algo desafia a nossa lógica, ou o nosso senso de justiça, por qual motivo não nos sentimos da mesma maneira com o que Jesus fez por nós na cruz? Se existiu uma injustiça, essa foi a maior de todas: Deus se fazendo homem, vivando uma vida santa, morrendo por pecados que não cometeu.

Que o nosso tão importante senso de justiça olhe primeiramente para isso, para depois pensar em questionar o que o SENHOR faz.


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