Estudo de Gênesis – Capítulo 41

Neste estudo de Gênesis 41 vemos o momento onde José sai da prisão e se torna governador no Egito. Temos vários ensinamentos neste capítulo.

Os seguintes eventos são apresentados aqui:

• Os sonhos de Faraó (1 a 8)
• O copeiro se lembra de José (9 a 14)
• Faraó explica os sonhos para José (15 a 24)
• A interpretação do sonho (25 a 32)
• José é colocado como governador no Egito (33 a 45)
• Os sete anos de fartura (46 a 49)
• O nascimento de Manassés e Efraim (50 a 52)
• Os sete anos de fome (53 a 57)

Veremos alguns deles.

VÍDEO DO ESTUDO DE GÊNESIS 41

O copeiro se lembra de José

O capítulo começa dizendo que José permaneceu por dois anos preso após a saída do copeiro e do padeiro da prisão. Mesmo tendo pedido ajuda ao copeiro, ainda precisou permanecer estes dois anos preso.

O copeiro se lembra dele após o Faraó ter os sonhos e nenhum dos sábios do Egito conseguirem interpretar:

“E estava ali conosco um jovem hebreu, servo do capitão da guarda, e contamos-lhos, e interpretou-nos os nossos sonhos, a cada um interpretou conforme o seu sonho. E como ele nos interpretou, assim mesmo foi feito: a mim me fez tornar ao meu estado, e a ele fez enforcar.”

Gênesis 41:12,13

Após esse relato do copeiro e da necessidade que o Faraó estava sentindo de compreender os sonhos, José é chamado. A palavra nos diz:

“Então, enviou Faraó e chamou a José, e o fizeram sair logo da cova; e barbeou-se, e mudou as suas vestes, e veio a Faraó.”

Gênesis 41:14

Note como José, mesmo sendo um preso, foi preparado para entrar na presença de Faraó: barbeou-se, colocou vestes limpas e então teve a oportunidade de ver o rei. O Faraó não aceitaria ver um preso com as vestes sujas e com a aparência de pouco cuidado, com a barba por fazer. Estar na presença do Faraó exigia alguns cuidados especiais.

Isso me fez refletir sobre como nós encaramos a presença de Deus. Será que damos toda a honra que Ele merece? Ou será que consideramos estar diante dEle como apenas mais um dia normal, algo comum.

Eu sei que Deus está em todos os lugares e sempre está conosco, mas existem momentos especiais, onde vamos ter o nosso momento de buscar ao Senhor, de oração ou de adoração. Minha reflexão é sobre estes momentos. Como estamos encarando esse tempo?

Precisamos nos lembrar sempre que o Senhor é muito mais importante que qualquer pessoa. Que, se nos preparamos para um encontro com alguém que julgamos ser digna, deveríamos fazer muito mais pelo Senhor.

Não estou falando sobre roupas ou aparência, mas sobre como honramos ao Senhor num geral. Não estou criando nenhuma doutrina referente à oração ou adoração, estou falando sobre como olhamos para o Senhor, sobre como encaramos a Sua santa presença.

O melhor exemplo do que quero dizer está na própria Palavra, na parábola do fariseu e do publicano:

“Dois homens subiram ao templo, a orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu,estando em pé, orava consigo desta maneira:Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele;porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.”

Lucas 18:10-14

A diferença de como eles encaram a presença do Senhor é clara: um encara com soberba, o outro com humildade. Um encara com mentiras, o outro com verdades.

A interpretação do Sonho

Quando José aparece diante de Faraó e este lhe fala sobre sua fama, a resposta de José é muito interessante:

“E respondeu José a Faraó, dizendo: Isso não está em mim; Deus dará resposta de paz a Faraó.”

Gênesis 41:16

A interpretação não era algo de José, algo que ele sabia fazer. Era algo que Deus entregava para ele, no momento necessário. Ao dar a devida glória a Deus, José faz, mais uma vez, a coisa certa.

Tudo o que fazemos de bom não é mérito nosso, mas sim graça de Deus sobre nossas vidas. Quando começamos a achar que a causa dos nossos sucessos está em nós, a porta do fracasso se abre.

Nós precisamos ter um coração grato ao Senhor por tudo de bom que Ele tem feito através das nossas vidas, dando a glória a Ele.

A perfeição do plano de Deus

No momento certo, Deus tira José da prisão e isso acontece com ele:

“E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus? Depois, disse Faraó a José: Pois que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão inteligente e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua boca se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu.”

Gênesis 41:38-40

Se olharmos para a história de José sem considerar o todo, deixamos de perceber algo muito importante. Ao olharmos para o fato de que ele foi injustamente vendido por seus irmãos, podemos nos apegar a esse evento e achar que o justo pode sofrer sem causa. A interpretação não está errada, mas é incompleta.

Caso nos foquemos em como ele é injustiçado na casa de Potifar, podemos entender que o justo pode sofrer, mesmo não tendo feita nada de errado. A interpretação não está errada, mas ainda é incompleta.

Só quando olhamos para o cenário completo é que entendemos que Deus tinha um plano e, no momento certo, para que tudo se resolvesse, Ele age para que Sua vontade se cumpra. Quando é necessário, Deus tira José da prisão, dá sabedoria para ele, eleva-o a um alto cargo, provê José com tudo o que ele precisa para administrar um país inteiro e livra o povo de Deus de uma grande fome.

Deus tem um plano maravilhoso para nós. Mesmo que não entendamos isso no momento da dor, mesmo que passemos por dificuldades, Deus tem um plano maior, que se cumpre no tempo certo. Isso é um alívio para nós, pois sabemos que nenhuma tempestade dura para sempre ou é sem valor.

Manassés e efraim

Neste capítulo também lemos sobre o nascimento de Manassés e Efraim:

“E nasceram a José dois filhos (antes que viesse o ano de fome), que lhe deu Asenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. E chamou José o nome do primogênito Manassés, porque disse: Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho e de toda a casa de meu pai. E o nome do segundo chamou Efraim, porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição.”

Gênesis 41:50-52

Manassés e Efraim, mais tarde, acabam sendo adotados como tribos de Israel. Não temos uma tribo de José, mas temos, dentre as doze tribos, as tribos de Manassés e Efraim.

Efraim, apesar de ser o segundo filho, acaba recebendo a benção da primogenitura e gera uma linhagem muito relevante, de onde saem grandes nomes como Josué e Samuel.

Manassés gera uma linhagem também com grandes nomes, como Gideão e Jefté. A tribo de Manassés, durante o Êxodo, se divide em dois territórios.

Este é um dos poucos episódios onde o povo de Israel se une a outros povos e isso não traz grandes problemas para o povo.