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Amados por Cristo

Amados por Cristo

“Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro” (João 11:5)

Eu sou da opinião de que o amor não é um sentimento, mas sim uma decisão. O sentimento é algo volúvel, etéreo, sublime demais para ser constante e perfeito como o amor, o verdadeiro amor, deve ser.

O amor, sendo uma decisão e completo por si só, não aceita variações, ou é ou não é amor. Em Sua palavra, Deus se define como o amor, perfeito, constante e, assim sendo, eterno. Logo, eu decido amar.

Mas, se eu estou certo – e admito tranquilamente que posso estar errado, apesar de ser mais um pensamento filosófico do que algo concreto – então o versículo acima pode me levar a entender que Jesus amava alguns e outros não. E sabemos, com toda a certeza que podemos, que isso não é verdade. Baseio esta afirmação na vida de Cristo, e em diversos versículos como Tiago 2:1 – “Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.”

Porém, como temos que interpretar a bíblia pelo contexto e não apenas pelo versículo isolado, sei que este amor pela família de Lázaro fala sobre a afeição que Jesus tinha por eles, a mesma que tinha por João:

“Ora, ali estava aconchegado a Jesus um dos seus discípulos, aquele a quem ele amava;” (João 13:23, ver também 20:2, 21:7 e 21:20)

Se Jesus tinha uma afeição diferenciada por estas pessoas, eu entendo que posso muito bem buscar a mesma coisa para mim, não só o amor, mas um sentimento especial.

Entendo porém que só conseguirei isto através do Espírito Santo, pois Jesus já não está mais, fisicamente falando, na Terra. Sei também que posso sim fazer com que o Espírito Santo sinta algo:

“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.” (Efésios 4:30)

Se posso entristecê-lo, posso também alegrá-lo. Se Jesus tinha uma afeição especial por algumas pessoas, o Espírito Santo é o caminho para que hoje tenhamos a mesma dádiva.

E como conseguirei isso? Como farei com que eu tenho uma intimidade tamanha com o Espírito Santo de maneira que Sua afeição por mim esteja além do mediano?

O primeiro passo é entender a motivação do nosso coração em fazer isso. Não podemos querer estar mais próximos de Deus pura e simplesmente para satisfazer o nosso ego, que quer inflar mostrando isso a todos ou sentindo-se especial.

O segundo passo é perceber que só podemos fazer isso através de renúncia e quebrantamento:

“Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.” (Salmos 51:17)

“Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” (Romanos 12:1)

“Mas não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com outros, porque com tais sacrifícios Deus se agrada.” (Hebreus 13:16)

Mas o principal é reconhecermos que só conseguiremos alcançar este nível de afeição com obediência. Ela é a base necessária para que construamos um relacionamento mais próximo com Deus:

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” (João 14:21).

Quando meu coração estiver com a disposição correta, eu aprender a renunciar a mim mesmo, estiver com o coração quebrantado diante do Rei e principalmente obedecer, então poderei desfrutar da mesma intimidade que João e a família de Lázaro desfrutaram.

Paz.

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