“Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus” (Romanos 2:4,5)
Por qual motivo eu estou aqui? Por que Deus nos criou? Esta pergunta nunca lhe intrigou?
Nós poderíamos muito bem ser simples marionetes de um Deus tirano que já havia traçado nosso destino. Seria mais fácil, mais controlável, Deus teria diversos trabalhadores para cuidar das coisas aqui na Terra e sempre que uma das marionetes desse defeito, seria simplesmente jogada fora. Seria um motivo para termos sido criados.
Mas então, qual seria o propósito disso? Se fosse para criar um mundo perfeito, em um ambiente totalmente controlável, Ele simplesmente o teria feito, pois Ele pode, não precisaria de nós.
Todavia, não somos marionetes. Somos seres capazes de raciocinar e tomar as nossas próprias decisões. Isso faz com que o mundo não seja perfeito: se tomamos nossas decisões, podemos decidir matar, roubar, trair e tantas outras coisas…
E voltamos na questão inicial: então por qual motivo estamos aqui? O que me faz estar escrevendo este post e o que lhe faz estar lendo isto? É uma resposta que muitos fogem, que não é simples e que, muitas vezes, dá medo de responder. Por qual motivo fomos criados?
Eu sei que fomos criados para adorar a Deus. Mas, analisando bem friamente, esta resposta dá a ideia de um Deus egoísta. Desta maneira saímos de um tirano, que poderia nos tratar como meras marionetes manipuladas por cordas invisíveis, que seriam habilidosamente trabalhadas para nos fazer servi-lo, e vamos para um Deus egoísta, que criou toda a humanidade simplesmente para agradá-lo.
A resposta não pode se limitar a isso… Um cristão que se limita a responder uma pergunta como esta deste modo está sendo extremamente superficial.
Creio eu que Deus nos criou para amá-lo e, assim sendo, nos criou livres. Afinal, o amor só existe quando existe liberdade de escolha, é uma característica fundamental para que este sentimento seja verdadeiro. Porém, sendo livres, poderíamos simplesmente optar por não amá-lo, e seu propósito não seria alcançado.
Mas, obviamente, Deus, que é dono de toda a sabedoria, já imaginava que isso poderia não dar certo e, antes mesmo de nos criar, traçou um plano para que, com liberdade, optássemos por amá-lo. Este plano envolvia duas etapas: a primeira seria que Ele deveria nos ensinar a amar. Para isso utilizou o melhor método, que foi nos amar primeiro. Nos amando ele estava abrindo nossos olhos para as verdades que existem por detrás deste precioso sentimento.
A segunda parte deste plano envolvia enviar Jesus, torná-lo homem e suscetível às mesmas situações que nós. Jesus também nos amando primeiro, concordou com o plano e, de bom grado, entregou-se por nós, viveu aqui na Terra, foi humilhado, traído e sofreu coisas terríveis para demonstrar o amor que Ele e o Pai tem por nós.
Desta maneira, seria possível que nós O amássemos ao ponto de adorá-lo verdadeiramente, e o plano se cumpriria. Vemos assim que não se trata de um Deus egoísta ou tirano, pois Ele optou por amar uma criação falha e cheia de erros, mesmo que nenhum de nós retribuíssemos o seu precioso amor.
No final das contas, fica claro que Deus nos criou pois desejava simplesmente amar-nos. E este é o propósito mais puro e santo que pode existir para alguém criar algo: o desejo de amar profundamente a sua criação.
Fomos criados para sermos amados por Deus e, desta forma, amá-lo também.
Paz.
P.S.: Tive que refazer metade do texto pois a ferramenta de edição que uso me fez perder boa parte deste post. Sei que o versículo escolhido não tem nada a ver com o texto, mas foi algo que aconteceu. Eu já havia escolhido o versículo e a ideia era falar sobre ele, mas não rolou.
Deixe um comentário