Em Êxodo 10 temos mais duas pragas e avisos contundentes para Faraó. Apesar de tudo, seu coração continuou endurecido e ele não permitiu que o povo de Israel saísse do Egito para adorar ao Senhor.
Vemos os seguintes eventos neste capítulo:
- A praga dos gafanhotos (1 a 20)
- A praga das trevas (21 a 29)
Veremos estes dois acontecimentos com mais detalhes.
Vídeo do estudo de Êxodo 10
A praga dos gafanhotos
O capítulo começa com a advertência em relação à oitava praga:
“Porque, se ainda recusares deixar ir o meu povo, eis que trarei amanhã gafanhotos aos teus termos, e cobrirão a face da terra, que a terra não se poderá ver; e eles comerão o resto do que escapou, o que ficou da saraiva; também comerão toda árvore que vos cresce no campo; e encherão as tuas casas, e as casas de todos os teus servos, e as casas de todos os egípcios, como nunca viram teus pais, nem os pais de teus pais, desde o dia em que eles foram sobre a terra até o dia de hoje. E virou-se e saiu da presença de Faraó.”
Êxodo 10:4-6
Essa praga destruiria o pouco que ficou intacto após a praga das saraivas. O restante que aquele povo ainda tinha, seria destruído por uma praga que já era conhecida por atacar as plantações, os gafanhotos. A diferença é que desta vez, seria algo muito maior do que os Egípcios jamais haviam visto.
Esse alerta fez com que, mais uma vez, houvesse uma diferença de opiniões entre Faraó e seus servos mais próximos:
“E os servos de Faraó disseram-lhe: Até quando este nos dá de ser por laço? Deixa ir os homens, para que sirvam ao Senhor, seu Deus; ainda não sabes que o Egito está destruído?”
Êxodo 10:7
Eles admitiam que, após a praga das saraivas, o Egito estava acabado, destruído. Toda a glória e pompa daquela nação haviam desaparecido e o pouco que restava estava ameaçado.
Porém, faraó, com seu coração endurecido e visão nublada, ignora seus servos e não permite que os hebreus fossem adorar ao Senhor. A praga é tão intensa que, novamente, Faraó admite seu pecado:
“Então, Faraó se apressou a chamar a Moisés e a Arão e disse: Pequei contra o Senhor, vosso Deus, e contra vós. Agora, pois, peço-vos que perdoeis o meu pecado somente desta vez e que oreis ao Senhor, vosso Deus, que tire de mim somente esta morte.”
Êxodo 10:16,17
Mais uma vez, após a praga cessar, Faraó endurece seu coração. Isso leva o Egito à nona praga, que chega sem aviso.
Um dos aprendizados que temos aqui é relacionado à necessidade que temos de ouvir as pessoas que estão mais próximas e em quem confiamos. Os servos mais próximos de Faraó, provavelmente, eram pessoas em quem ele confiava. Ao não dar ouvidos para elas, ele perde a oportunidade de deixar de sofrer uma das mais severas pragas até o momento. Isso nos lembra do provérbio:
“Não havendo sábia direção, o povo cai, mas, na multidão de conselheiros, há segurança.”
Provérbios 11:14
A praga das trevas
A praga das trevas acontece de maneira que os Egípcios não tinham como se movimentar:
“E Moisés estendeu a sua mão para o céu, e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias. Não viu um ao outro, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; mas todos os filhos de Israel tinham luz em suas habitações.”
Êxodo 10:22,23
Alguns acreditam que tratava-se de uma tempestade de areia muito forte e duradoura, o que faria com que as condições de vida ficassem reduzidas, como a bíblia relata.
Diferentemente das outras, essa praga não termina com o pedido para que Moisés e Arão orem para que ela cesse, mas com um diálogo que inclui a ameaça de Faraó:
“E disse-lhe Faraó: Vai-te de mim e guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque, no dia em que vires o meu rosto, morrerás. E disse Moisés: Bem disseste; eu nunca mais verei o teu rosto.”
Êxodo 10:28,29
Tudo tinha sido tão intenso que Faraó promete para Moisés que, se ele aparecesse novamente, seria morto. O cenário fica então preparado para a última praga