O capítulo 23 de Gênesis conta basicamente a história da morte e sepultamento de Sara. Vamos ver quais aprendizados podemos extrair dessa história.
O capítulo se organiza da seguinte forma:
- Sara morre (1 e 2)
- A negociação pelo campo de Efrom (3 a 18)
- Abraão sepulta Sara (19 e 20)
VÍDEO DO ESTUDO DE GÊNESIS 23
Sara morre
O capítulo começa falando sobre a morte de Sara:
“E foi a vida de Sara cento e vinte e sete anos; estes foram os anos da vida de Sara. E morreu Sara em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; e veio Abraão lamentar a Sara e chorar por ela.”
Gênesis 23:1,2
Sara é a única mulher que temos o relato da idade com que morreu na bíblia, isso fala sobre a importância dela para o povo de Israel.
A negociação do campo
Após a morte dela, Abraão precisava de um lugar para sepultá-la, por isso negocia o campo de Efrom. Quando vai negociar, vemos a reação do povo:
“Ouve-nos, meu senhor: príncipe de Deus és no meio de nós; enterra o teu morto na mais escolhida de nossas sepulturas; nenhum de nós te vedará a sua sepultura, para enterrares o teu morto.”
Gênesis 23:6
As pessoas reconheciam a benção de Deus sobre Abraão. Suas atitudes e a maneira como viveu a vida, apesar de alguns poucos deslizes, mostrava que ele era uma pessoa diferente. Abimeleque reconheceu isso, o povo de Hete também.
Nós como cristãos, devemos ter um testemunho diante das pessoas que nos diferencie do restante do mundo. Abraão fez isso, Jesus fez isso, os discípulos mais próximos também viveram dessa forma. Esse é um padrão da bíblia para nós.
Enquanto as pessoas condenavam, Jesus perdoava, enquanto as pessoas agrediam, os discípulos perdoavam. Essa é a contracultura que revela o caráter do cristão, separando-o do mundo, mesmo que ele ainda habite no mundo. Habitamos nessa terra, mas não somos daqui. Nossas atitudes precisam ser uma evidência disso.
Abraão, não contente em aceitar a oferta, diz:
“Que ele me dê a cova de Macpela, que tem no fim do seu campo; que ma dê pelo devido preço em posse de sepulcro no meio de vós.”
Gênesis 23:9
Era uma característica de Abraão não aceitar as coisas de graça, sem que lhe custasse o preço devido. Foi assim com o rei de Sodoma, foi assim com Efrom.
Isso nos ensina sobre como devemos ser justos em tudo o que fazemos sem nos aproveitarmos da bondade alheia. Não é errado aceitar as beneficências das outras pessoas conosco, só não podemos ser injustos ou nos aproveitar delas em nenhum momento. Abraão, para garantir isso, fazia sempre o que era correto quando se tratava de negócios.
Jesus não se aproveitou do seu título de filho de Deus, pagando os impostos devidos e sofrendo a justiça humana. Os discípulos não se aproveitavam da bondade das pessoas em suas empreitadas evangelísticas, lemos, por exemplo, que Paulo continuou seu ofício de fazer tendas para não ser pesado para a igreja.
Como era costume na época, essa negociação foi feita na porta da cidade, na presença de diversas testemunhas:
“Assim, o campo de Efrom, que estava em Macpela, em frente de Manre, o campo e a cova que nele estava, e todo o arvoredo que no campo havia, que estava em todo o seu contorno ao redor, se confirmaram a Abraão em possessão diante dos olhos dos filhos de Hete, de todos os que entravam pela porta da sua cidade.”
Gênesis 23:17,18
Esse campo comprado por Abraão foi o que recebeu também Isaque, Rebeca, Lia e Jacó, apenas Raquel não foi sepultada lá. Vale notar também como Abraão demonstrou fé nesse momento, ao comprar uma parte da terra prometida para que sua família fosse sepultada.
Desafios do capítulo
Hoje seu desafio é comentar aqui quais outros ensinamentos você extraiu deste capítulo.
Paz.