O capítulo 37 passa a focar na história de José que aqui tem sonhos e acaba vendido como escravo, indo parar na casa de Potifar.
Os seguintes fatos se apresentam nesse capítulo:
- Jacó faz uma túnica para José (1 a 4)
- O primeiro sonho de José (5 a 8)
- O segundo sonho de José (9 a 11)
- O plano para matar José (12 a 24)
- José é vendido por seus irmãos (25 a 28)
- Jacó é enganado por seus filhos (29 a 35)
- José vai para a casa de Potifar (36)
Vamos ver alguns deles.
VÍDEO DO ESTUDO DE GÊNESIS 37
A túnica e os sonhos
José era o filho mais amado por Jacó. Isso era claro para seus irmãos:
“E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.”
Gênesis 37:3
Além de ganhar a túnica de várias cores, demonstrando a preferência de Jacó por ele, José também teve dois sonhos, onde sua família se prostrava diante dele. Isso acendeu a ira de seus irmãos, que fizeram um plano para matá-lo.
O primeiro ponto de aprendizado aqui é que o amor de Deus é muito diferente do que temos como amor no padrão dos homens. Jacó amava mais um filho do que os outros, Deus não é assim. Deus é o próprio amor, Ele não tem preferência, nem faz distinção entre uma pessoa ou outra.
“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.”
João 3:16
Isso não significa que todas as pessoas terão a mesma vida ou que terão as mesmas chances. Não significa que Deus não vá escolher algumas pessoas para propósitos mais específicos e de maior impacto.
Significa que seu amor é tão superior à nossa noção de amor que nada do que fazemos pode mudar o amor de Deus por nós.
Não podemos fazer nada para que Deus nos ame mais nem nada que faça Deus nos amar menos. Não importa se a pessoa tem um grande ministério ou se nunca fez um discípulo, não importa se a pessoa faz belas orações ou se tem vergonha de orar em público. Deus ama igualmente todas as pessoas.
Jacó não passou para seus filhos essa noção do que é o amor de Deus e acabou fazendo com que a inveja trouxesse um problema para sua família. Todos nós que somos cristãos precisamos demonstrar com nossas atitudes e pensamentos o padrão de amor que o Senhor tem por nós.
Sendo impedidos de matar José por Rúben, o irmão mais velho, seus irmãos acabam por vendê-lo para uma caravana de Ismaelitas. A ideia deles era dar um fim aos sonhos de José e mostrar que não passavam de sonhos. Porém, o caminho para se livrar dos sonhos de José os levou ao cumprimento deles.
Da mesma forma que aconteceu com Jesus, onde ao matarem Cristo, os judeus estavam cumprindo o propósito para Cristo, os irmãos de José agem.
Aprendemos aqui que os planos de Deus não se frustram. Não existe nada que possamos fazer para frustrar os planos do Senhor. Isso nos leva a uma posição de temos e de segurança.
Temor por entender o poder do nosso Senhor. Segurança por saber que tudo o que Ele planeja para nós, vai se cumprir.
Jacó é enganado
Nesse capítulo também vemos que Jacó é enganado por seus filhos:
“Então, tomaram a túnica de José, e mataram um cabrito, e tingiram a túnica no sangue. E enviaram a túnica de várias cores, e fizeram levá-la a seu pai, e disseram: Temos achado esta túnica; conhece agora se esta será ou não a túnica de teu filho.”
Gênesis 37:31,32
Para encobrir o pecado de terem vendido seu irmão como escravo, eles cometem outro pecado, mentindo para seu pai. Um erro puxa o outro, um pecado puxa o outro, fazendo com que eles, cada vez mais, se afundassem em erros.
A mesma coisa acontece conosco. Se não tomamos cuidado, se não vigiamos, se não tratamos o pecado da maneira correta em nossas vidas, acabamos por nos afundar cada vez mais, nos tornando escravos dos pecados.
Jacó, nesse ponto de sua vida, já tinha perdido a esposa que amava, Raquel. Agora sentia-se também perdendo o filho que amava, José. Por isso lemos que ele ficou inconsolável, afirmando que viveria o luto até o fim de suas vidas.
Os filhos tentam consolar Jacó na mentira, e nada adianta. A solução pecaminosa que eles encontraram para encobrir seu feito só trouxe dor para o pai.
Vemos aqui também como Jacó sofre exatamente daquilo que havia feito no passado: com o sangue de um cabrito ele é enganado, assim como com um cabrito havia enganado seu pai.
Não podemos negligenciar a lei da semeadura: aquilo que plantamos, acabamos colhendo. Este é outro ensinamento que podemos ter nesse capítulo.