Ícone do site JC na Veia

Estudo de Gênesis – Capítulo 44

biblia-na-grama

Neste estudo de Gênesis 44 veremos que José executa seu plano para deixar Benjamim como escravo no Egito. Veremos o que podemos aprender com esse texto.

O capítulo apresenta os seguintes eventos:

Vamos estudar com mais calma alguns deles.

VÍDEO DO ESTUDO DE GÊNESIS 44

A trama de José

O capítulo começa falando sobre o momento onde os irmãos de José estão deixando o Egito. José dá uma ordem a seu servo:

“E deu ordem ao que estava sobre a sua casa, dizendo: Enche de mantimento os sacos destes varões, quanto puderem levar, e põe o dinheiro de cada varão na boca do seu saco. E o meu copo, o copo de prata, porás na boca do saco do mais novo, com o dinheiro do seu trigo. E fez conforme a palavra de José, que tinha dito.”

Gênesis 44:1,2

Por que José fez isso? Por qual motivo incriminar, mais uma vez, um irmão inocente?

Uma hipótese é a de que José estava, desde o princípio, testando se seus irmãos haviam realmente mudado. Após tudo o que ele havia passado nas mãos de seus irmãos, parecia ser importante ter certeza de conhecer bem as pessoas com quem estava lidando ali.

Eles não pareceram ter mudado muito ao permitirem que Simeão ficasse todo aquele tempo preso no Egito. Esse segundo teste era para saber se eles fariam o mesmo com Benjamim, se teriam inveja dele, como tiveram de José.

Nós precisamos perdoar as pessoas que nos traem, que nos enganam, que nos fazem mal. Isso não significa que precisaremos continuar sofrendo com aquilo que elas fazem conosco. José nos ensina isso. Apesar de amar seus irmãos e de ter perdoado o pecado deles, não queria mais sofrer e estava tentando se certificar de que eles haviam mudado. Essa é uma hipótese comumente aceita entre os estudiosos.

Benjamim vira escravo

Com o esquema feito por José, seus irmãos declaram que, aquela pessoa com quem fosse achado o copo do grão-vizir, morreria:

“Aquele dos teus servos, com quem for achado, morra; e ainda nós seremos escravos do meu senhor.”

Gênesis 44:9

Essa não é a primeira vez que uma pessoa acusada de roubo teria como pena a morte. Uma declaração similar foi feita por Jacó quando Raquel rouba os deuses de seu pai:

“Com quem achares os teus deuses, esse não viva; reconhece diante de nossos irmãos o que é teu do que está comigo e toma-o para ti. Pois Jacó não sabia que Raquel os tinha furtado.”

Gênesis 31:32

O roubo não era, no povo de Israel, um crime que causaria a morte de pessoa que o cometeu, porém aqui, em ambos os casos, os personagens estavam tão seguros que tal crime não havia sido cometido, que se dispuseram a fazer essa afirmação. José, demonstrando grande bondade afirma:

“Mas ele disse: Longe de mim que eu tal faça; o varão em cuja mão o copo foi achado, aquele será meu servo; porém vós subi em paz para vosso pai.”

Gênesis 44:17

Sua intenção não era matar nenhum de seus irmãos, provavelmente aqui ele já estava vendo algum tipo de mudança no caráter deles.

Judá é fiel à sua palavra

Quando José afirma que Benjamim deveria ficar e se tornar um escravo por conta de seu suposto roubo, vemos que Judá se posiciona e permanece fiel à palavra que tinha declarado a seu pai:

“Agora, pois, fique teu servo em lugar deste moço por escravo de meu senhor, e que suba o moço com os seus irmãos. Porque como subirei eu a meu pai, se o moço não for comigo? Para que não veja eu o mal que sobrevirá a meu pai.”

Gênesis 44:33,34

Vemos, ao longo da história do povo de Israel, que a tribo de Benjamim se apegou à tribo de Judá. Isso acontece na divisão dos reinos, onde essas tribos permanecem unidas.

Além disso, José tinha aqui mais uma confirmação da mudança de caráter de seus irmãos. Rúben já havia declarado sua inocência, eles haviam se disposto a serem escravos caso algum roubo tivesse acontecido, Judá decide se entregar para salvar Benjamim e proteger o coração de seu pai. A mudança estava clara.

Nessa passagem de Judá podemos ter um encontro com Cristo. Cristo se entregou para pagar o preço de nossos pecados. Ele nunca pecou, mas derramou seu sangue para que os nossos pecados fossem perdoados. Judá não havia cometido o roubo, mas por amor de seu pai, decidiu se entregar, substituindo seu irmão na pena que ele deveria pagar.

Cristo pagou a pena em nosso lugar. Esse é o maior ato de amor que podemos encontrar na história.

Sair da versão mobile