Estudo de Gênesis – Capítulo 46

O capítulo 46 de Gênesis mostra a história da ida de todo o povo de Israel para o Egito. Veremos o que conseguimos aprender com este capítulo.

O capítulo apresenta os seguintes eventos:

  • Deus fala com Jacó (1 a 4)
  • Israel desce ao Egito (5 a 7)
  • Os filhos de Jacó com Lia, Bila e Raquel (8 a 19)
  • Os filhos de José (20)
  • Os filhos de Jacó com Zilpa (21 a 27)
  • O reencontro de Jacó com José (28 a 30)
  • O novo plano de José (31 a 34)

Vamos analisar alguns deles.

VÍDEO DO ESTUDO DE GÊNESIS 46

Deus fala com Jacó

O capítulo começa com Deus falando com Jacó sobre a sua ida para o Egito:

“E falou Deus a Israel em visões, de noite, e disse: Jacó! Jacó! E ele disse: Eis-me aqui. E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação.”

Gênesis 46:2,3

Como falamos no estudo do capítulo 45, a confirmação de Deus para Jacó de que essa era a mudança correta a se fazer, lhe garantia que ele não estava se desviando da promessa de Deus.

É muito importante que, em todas as grandes mudanças das nossas vidas, consultemos ao Senhor. O nosso coração é enganoso, e podemos nos frustrar com nossos próprios planos. Quando confiamos no Senhor, quando temos a Sua direção, estamos fazendo a coisa certa.

Esrom, filho de Perez

Então o capítulo apresenta toda a família de Jacó que estava se mudando para o Egito. O destaque fica com os filhos de Judá e Tamar:

“E os filhos de Judá: Er, e Onã, e Selá, e Perez, e Zerá. Er e Onã, porém, morreram na terra de Canaã; e os filhos de Perez foram Esrom e Hamul.”

Gênesis 46:12

Esrom é o filho de Perez que vai acabar gerando, a partir de sua linhagem, a Jesus. Neto da relação conturbada entre Judá e sua nora Tamar, esta linhagem acaba se desenrolando até Cristo.

Por mais que nossa família seja complicada, como era essa linhagem de Cristo, nós tomamos as nossas próprias decisões. Podemos seguir a Cristo, independentemente de onde tenhamos vindo, de qual tenha sido nosso passado ou nossa família.

Cristo morreu por nós, para nos libertar do poder do pecado e nos dar uma nova vida. Não existe nada que possa impedir Seu poder de nos alcançar, a não ser nossa própria vontade*.

Judá vai à frente

Ao começarem a viagem até o Egito, Jacó pede que Judá vá na frente:

“E Jacó enviou Judá diante da sua face a José, para o encaminhar a Gósen; e chegaram à terra de Gósen.”

Gênesis 46:28

No meu entendimento, parece que Jacó passou a confiar mais em Judá a partir do momento que ele manteve sua palavra com seu pai, de que seria o fiador de Benjamim.

Quando somos fieis ao que falamos, quando nossas atitudes demonstram coesão com nossas palavras, ganhamos a confiança das pessoas à nossa volta. Como cristãos isso é especialmente importante, pois fala do testemunho que damos para a sociedade. Do que adianta, por exemplo, pregarmos sobre o amor ao próximo se não amamos as pessoas? Da mesma forma podemos questionar qual é a eficácia de falarmos sobre o amor a Deus acima de todas as coisas se amamos mais ao dinheiro.

A estratégia de José

No final do capítulo vemos a estratégia de José para que sua família não fique tão próxima do Egito mas, mesmo assim, passe por esse período tão difícil:

“Quando, pois, acontecer que Faraó vos chamar e disser: Qual é o vosso negócio? Então, direis: Teus servos foram homens de gado desde a nossa mocidade até agora, tanto nós como os nossos pais; para que habiteis na terra de Gósen, porque todo o pastor de ovelhas é abominação para os egípcios.”

Gênesis 46:33,34

Dessa forma, José garante que eles estariam sendo bem cuidados, mas não seriam influenciados pela cultura local o se esqueceriam da promessa da terra prometida.

Isso me ensina que devemos viver nossas vidas aqui na Terra sem nos esquecermos de que a verdadeira promessa consiste na vida eterna, em passarmos a eternidade ao lado do Pai. Vivemos na Terra, mas somos cidadãos dos céus. Não podemos nos envolver com as coisas deste mundo a ponto de perdermos de vista aquilo que nos espera na eternidade.


* Sei que algumas linhas teológicas acreditam que nem mesmo a nossa vontade pode impedir Cristo de nos alcançar. Creio que em alguns casos isso seja verdade, em outros não. Podemos conviver tranquilamente sem concordar com isso.


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