Hoje vamos estudar o capítulo 47 de Gênesis. Neste capítulo vemos como José compra toda a terra do Egito para faraó.
O capítulo apresenta o seguinte:
- Faraó se encontra com os irmãos de José (1 a 6)
- Faraó se encontra com Jacó (7 a 12)
- José compra toda a terra do Egito para Faraó (13 a 20)
- José compra o direito à quinta parte de toda a produção (21 a 26)
- Jacó faz José lhe prometer que não seria enterrado no Egito (27 a 31)
Vamos ver alguns destes pontos.
VÍDEO DO ESTUDO DE GÊNESIS 47
Jacó abençoa Faraó
Após apresentar alguns de seus irmãos para faraó, José leva seu pai até ele e ajuda seu pai a ficar de pé. Após uma breve e respeitosa conversa, vemos que Jacó abençoa a faraó:
“E Jacó abençoou a Faraó e saiu de diante da face de Faraó.”
Gênesis 47:10
Aqui precisamos nos lembrar de uma das promessas que estavam sobre a vida de Jacó, de que todas as famílias da terra seriam abençoadas através dele e de sua geração. O Egito já estava sendo abençoado através das mãos de José, que foi usado por Deus para não deixar que a fome trouxesse o fim daquelas nações. Além disso, o próprio Jacó abençoa farao com suas palavras.
Assim como em Abraão todas as famílias da terra seriam abençoadas, a igreja de Cristo é uma fonte de bençãos para o mundo perdido. Nós devemos ser esse canal da benção do Senhor para todas as pessoas, tanto os que necessitam de ajuda básica para comer, como para os poderosos, lhes apresentando o verdadeiro Senhor.
José compra toda a terra do Egito
Usando de estratégia baseada nos sonhos de faraó, José faz com que o Egito não passe fome e o domínio de Faraó crescesse muito. Todas as vezes que o povo vinha comprar comida, José tinha o que vender para suprir o povo.
Não tendo mais dinheiro para pagar pelo trigo, os Egípcios passam a vender suas propriedades, gado e até mesmo sua liberdade:
“Assim, José comprou toda a terra do Egito para Faraó, porque os egípcios venderam cada um o seu campo, porquanto a fome era extrema sobre eles; e a terra ficou sendo de Faraó.”
Gênesis 47:20
Um ponto importante a se considerar aqui é que, para alguns, pode parecer cruel a atitude de José, que comprou todas as terras dos egípcios e os fez de escravos. O ponto é que o que entendemos como escravos hoje em dia, ainda mais na ótica brasileira, é bem diferente do que o povo do antigo testamento entendia.
Nós entendemos escravidão sob a lente do que aconteceu com os povos indígenas no Brasil e com os povos vindos da África, onde a escravidão era algo desumano e exploratório. Naquela cultura, a escravidão significava um emprego para toda a vida, muitas vezes nas mãos de um senhor benevolente. Isso se comprova pelo fato de que alguns dos servos optavam por ficar com seus senhores, ao invés de serem livres.
Os egípcios consideravam então que vender tudo o que tinham, inclusive a liberdade deles, era o correto a se fazer, pois o contrário significaria a morte através da fome. Encontramos aqui um claro paralelo com nossas vidas: consideramos tudo como perda para termos a nossa salvação em Cristo. Nada é mais importante, nem nossos bens, nem nossa falsa liberdade, nem nossa própria vida.
Se não formos salvos por Cristo, a morte eterna é certa e a vida terrena é uma prisão no pecado. Com isso, não nos resta outra saída inteligente, a não ser considerar todo o resto como desnecessário em nossas vidas. É dessa forma que entendemos o paralelo entre o que os egípcios fizeram e algumas parábolas que Cristo contou, como as parábolas do reino.
O juramento de José
Por fim, já muito perto do fim da vida de Jacó, José acata ao pedido de seu pai:
“Chegando-se, pois, o tempo da morte de Israel, chamou a José, seu filho, e disse-lhe: Se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que ponhas a tua mão debaixo da minha coxa, e usa comigo de beneficência e verdade; rogo-te que me não enterres no Egito,”
Gênesis 47:29
Jacó queria ser enterrado juntamente com sua família, com os patriarcas. Ele não queria que sua sepultura fosse numa terra que não seria a terra prometida. José, em obediência a seu pai, atende seu pedido.
Devemos sempre nos lembrar que não somos dessa terra que habitamos. Devemos nos lembrar de que, no fim, nosso destino é outro e estamos apenas de passagem por aqui.