O capítulo 48 de Gênesis nos mostra uma Israel já próximo ao final de sua vida. Neste capítulo Jacó abençoa a José e seus filhos.
O capítulo está dividido da seguinte forma:
- Manassés e Efraim se tornam filhos de Jacó (1 a 7)
- Jacó abençoa Manassés e Efraim (8 a 20)
- Jacó abençoa José (21 e 22)
Vamos analisar estes acontecimentos.
VÍDEO DO ESTUDO DE GÊNESIS 48
Manassés e Efraim
Neste momento Jacó está doente, já bem debilitado, próximos aos seus últimos dias. José é avisado dessa situação e vai visitar seu pai, acompanhado de seus dois filhos. É nesse momento que Jacó adota Manassés e Efraim para si:
“Agora, pois, os teus dois filhos, que te nasceram na terra do Egito, antes que eu viesse a ti no Egito, são meus; Efraim e Manassés serão meus, como Rúben e Simeão.”
Gênesis 48:5
Este era um costume de algumas outras regiões no antigo Oriente. Por mais que, para nós, pareça algo bem longe da realidade, para eles, um pai adotar os netos como seus filhos, sem nem mesmo falar sobre isso com seu filho, era algo aceitável.
Pode até ser um costume que não entendemos ou que não nos vemos praticando hoje em dia, mas isso não era um pecado e nem foi condenado por Deus. Pelo contrário, as tribos de Efraim e Manassés estiveram entre as maiores do povo de Israel.
Da mesma forma podemos não entender alguns costumes de outras igrejas. Isso não significa, necessariamente, que elas estão em pecado, apenas que elas têm costumes que são diferentes daqueles que você pratica.
Algumas igrejas têm um código de vestimenta, outras não. Algumas igrejas tem uma liturgia que é de um modo, outras de outro. Cada igreja, desde que baseada na Palavra, tem liberdade para adotar os costumes que entende ser adequado para sua congregação. Quem somos nós para condenar aquilo que Deus não condena.
A benção de Jacó
Vemos ainda nesse capítulo que Jacó abençoa a Manassés e Efraim:
“E abençoou a José e disse: O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia, o Anjo que me livrou de todo o mal, abençoe estes rapazes; e seja chamado neles o meu nome e o nome de meus pais Abraão e Isaque; e multipliquem-se, como peixes em multidão, no meio da terra.”
Gênesis 48:15,16
A benção declarada por ele é a mesma que ele havia recebido: multiplicação, um povo numeroso. Como já vimos acontecer anteriormente em Gênesis, a maior benção, ao invés de ir para o primogênito, vai para o menor, para o filho mais novo.
Deus não se prende aos nossos rituais ou ao que pensamos ser o certo do nosso ponto de vista carnal. A graça atinge aqueles que não merecem, assim como a maior benção foi para aquele filho que, aos olhos de José, não merecia receber. Essa é uma lição sobre a graça de Deus, que nos conquista mesmo sem merecermos, através da qual somos abençoados, mesmo não tendo feito nada para que fôssemos dignos disso.
Jacó abençoa José
No final do capítulo, Jacó também abençoa a José:
“Depois, disse Israel a José: Eis que eu morro, mas Deus será convosco e vos fará tornar à terra de vossos pais. E eu te tenho dado a ti um pedaço de terra mais que a teus irmãos, o qual tomei com a minha espada e com o meu arco da mão dos amorreus.”
Gênesis 48:21,22
José, além de receber um pedaço maior de terra do que seus irmãos, ainda ouve que Deus seria com ele faria com que o povo retornasse para a terra de Canaã.
A benção proferida pelos pais é poderosa na vida de seus filhos. Da mesma forma, as palavras de acusação ou ruins, causam efeito na vida dos filhos. Como pais, temos que tomar todo o cuidado com o que falamos para aqueles que mais amamos.
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