Romanos 7 nos ensina sobre a luta da nossa carne e faz uma continuação do capítulo anterior, falando sobre estarmos mortos para o pecado.
Os seguintes assuntos são apresentados em Romanos 7:
- Mortos para a lei (1 a 6)
- A lei não é ruim (7 a 12)
- O pecado que habita em nós (13 a 20)
- A batalha em nós (21 a 25)
Veremos alguns destes pontos com mais detalhes.
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Mortos para a lei
Paulo começa esta parte de sua carta reforçando o que vinha dizendo, de que estamos mortos para o pecado pois morremos com Cristo. Por isso, a lei não tem mais domínio sobre nós:
“Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.”
Romanos 7:4
A analogia que ele faz é a da mulher que, enquanto vive o marido, está obrigada a ser fiel a ele e não pode se casar com outro. Mas, morrendo o marido, ela está livre para se casar novamente sem poder ser acusada de adultério.
No nosso caso, quem morre somos nós. Mortos, estamos livres da lei do pecado, que nos aprisionava e vivemos para Deus. Ele explica isso no versículo 5:
“Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.”
Romanos 7:5
As paixões dos pecados dominavam a gente e geravam este fruto para a morte. Ao morrermos com Cristo, nos livramos do poder que o pecado exercia sobre nós, tal qual a mulher se livra da obrigação com o marido na morte dele.
Neste verso 5 ele também começa a explicar a relação da lei com o pecado ao dizer “as paixões dos pecados, que são pela lei”. A lei, nesse caso, é a lei mosaica, que Deus entregou para que seu povo seguisse. Esse assunto ele vai tratar com bastante cuidado nesse capítulo, fazendo com que seus leitores entendam que a lei não é ruim, apenas torna evidente o pecado.
O verso 6 tem o segredo deste entendimento:
“Mas, agora, estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.”
Romanos 7:6
Antes o povo se esforçava para cumprir a lei pois era justamente isso, uma lei. Eles se esforçavam, mas estavam presos sob o pecado, pois tentavam cumprir a lei, mas serviam ao pecado.
Agora, mortos com Cristo, livres do poder do pecado, servimos a Deus, ou seja, servimos em novidade de espírito, servimos por amor, entendendo que não estamos mais aprisionados no pecado.
A lei não é ruim
Paulo, como fez outras vezes nesta carta, já faz a possível pergunta que ouviria e a resposta para ela:
“Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.”
Romanos 7:7
Dadas as suas palavras, seria natural afirmar que a lei é ruim. Se a lei traz o pecado e, mortos para isso, estamos livres do pecado, então a lei é ruim? Paulo deixa claro: a lei é boa.
O que ele nos ensina aqui é que a lei trouxe o pecado para a luz, mostrando para nós, de maneira muito clara o que é e o que não é pecado.
Ao mesmo tempo, o pecado aproveitou a oportunidade para aparecer de maneira mais intensa, para mostrar para nós que estávamos sob o seu domínio.
O objetivo do pecado sempre foi nos afastar de Deus. Ao descobrir a lei e entender o que era pecado, a oportunidade para o pecado nos afastar de Deus apareceu.
Paulo termina de falar sobre isso concluindo:
“Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom.”
Romanos 7:12
O pecado que habita em nós
Mais para o final do capítulo, Paulo apresenta a luta constante que travamos contra o pecado:
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço, não o aprovo, pois o que quero, isso não faço; mas o que aborreço, isso faço.”
Romanos 7:14,15
Entendemos que não somos mais escravos do pecado, que não precisamos mais do pecado, que estamos mortos com Cristo. Ao mesmo tempo, não podemos nos esquecer, de que habitamos num corpo mortal, inclinado ao pecado. Entender estes dois extremos nos faz perceber que, como cristãos, não somos mais escravos, mas a luta continuará até o fim.
Fim esse que Paulo descreve:
“Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”
Romanos 7:22-24
Só Cristo pode nos livrar do corpo desta morte. Um dia, quando nos reencontrarmos com Cristo, estaremos livres destas inclinações. Graças a Deus por isso.