Introdução básica ao livro de Salmos
Neste estudo do primeiro salmo, veremos um pouco sobre o que podemos aprender deste maravilhoso texto. Lembre-se que o livro de Salmos não é dividido por capítulos, mas sim por Salmos. Por isso, na maioria das vezes, você verá as pessoas se referindo a cada parte deste livro como um Salmo.
A primeira parte do livro de Salmos compreende do Salmo 1, até o Salmo 41. Vale notar que algumas pessoas não colocam os dois primeiros salmos neste grupo por não serem salmos escritos declaradamente por Davi. A autoria da maioria dos salmos desta primeira parte do livro é de Davi. No estudo do Salmo 2, veremos que algumas pessoas atribuem a autoria do segundo salmo a Davi.
O livro de Salmos é um livro de poemas e cânticos usados pelo povo de Israel em diversas ocasiões. Até hoje alguns Salmos são cantados por eles. Falam sobre diversos assuntos como: louvores a Deus, orações, confissões de pecado, etc.
Porém, é importante dizer que o livro de Salmos não é simplesmente um livro de hinos. Após o exílio de Israel na Babilônia, estes salmos foram organizados e estruturados de uma certa maneira. Ou seja, diferentemente de outros livros da Palavra que foram organizados já pela igreja, o livro de Salmos já estava com sua estrutura pronta pelo próprio povo de Israel.
Isso nos mostra a necessidade de entendermos esse livro como um todo, e não apenas salmo por salmo. Vamos estudar isso com mais calma ao longo do tempo.
Sendo um livro poético, precisamos entender que a poesia oriental, diferentemente da poesia ocidental, muitas vezes, pode ser classificada como:
- Paralelismo sinônimo: acontece quando um verso reforça ou expande o outro
- Paralelismo antitético: acontece quando um verso se opõe ao outro
Você identificará facilmente isso lendo o livro de Salmos.
Vídeo do estudo de Salmos 1
Estudo de Salmos 1
Ao lermos o livro todo de Salmos e pensarmos em como ele foi organizado, não é difícil de perceber que parece que os dois primeiros salmos são como uma introdução ao livro, enquanto os 5 últimos funcionam como uma conclusão.
Este primeiro salmo, com apenas 6 versículos faz uma comparação entre a vida do justo e a vida do ímpio.
“Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.”
Salmos 1:1-3
Este salmo começa falando sobre como é bom que o povo de Deus se afaste do caminho dos ímpios, se separe das outras pessoas, que não obedecem a Deus.
Para nós, como igreja, entendemos que não se trata de uma separação física, mas sim de um distinção clara de atitudes, pensamentos e de comportamento. Por isso entendemos que não podemos andar segundo o conselho dos ímpios, que olham apenas para os próprios interesses e têm a sua estrutura de pensamento fundamentada no que o mundo prega.
Outra recomendação do primeiro Salmo é que o povo de Deus não detenha no caminho dos pecadores. Olhando para isso considerando a nossa realidade, entendo que existem dois caminhos, o dos pecadores e o do povo de Deus. Não podemos estar, ao mesmo tempo, nos dois caminhos e pensar que estamos fazendo a vontade de Deus. Existem apenas dois caminhos, devemos sempre escolher os caminhos do Senhor.
Vemos então que o povo de Deus precisa ter prazer na lei do Senhor. Neste contexto a lei do Senhor são os 5 primeiros livros da bíblia, conhecido também como Pentateuco ou, pelo povo de Israel, como Torá.
Par nós, podemos entender como: feliz é a pessoa que medita na Palavra de Deus, todos os dias. Entendo que, e esta é apenas a minha opinião, como cristãos, podemos considerar toda a Bíblia, pois ela é fonte de vida para nós. Felizes somos nós quando aprendemos e refletimos sobre toda a Palavra de Deus.
O autor diz que essa pessoa será como a árvore que é plantada junto aos ribeiros, ou seja, que sempre tem alimento, que não sofre com falta de nutrientes, que tem vida. Meditar na Palavra do Senhor é vida para nossas vidas, é alimento poderoso para nós. Esta primeira parte do Salmo termina dizendo que essa pessoa dará o fruto no tempo certo e tudo o quanto fizer prosperará.
É algo poderoso para nossas vidas: quando temos o nosso prazer na Palavra de Deus, quando, com alegria, meditamos nela dia e noite, daremos o fruto no tempo certo.
A partir do versículo 4, começamos a ver o contraste da vida do justo com a vida do ímpio:
“Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha. Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; mas o caminho dos ímpios perecerá.”
Salmos 1:4-6
Aqui o autor mostra o resultado de quem faz a opção oposta, de quem leva a vida como uma pessoa ímpia, que anda distante dos caminhos do Senhor.
Aprendemos que, em contraste com a árvore, que está plantada junto ao ribeiro, a moinha não tem raízes e é espalhada pelo vento. Em contraste com o fruto do justo, que vêm no tempo certo, o fruto do ímpio é não subsistir no juízo.
Por fim vemos que o Senhor é quem conhece o nosso caminho. Ele sabe se nosso caminho é o caminho do justo ou o caminho do ímpio.
O grande ensinamento que recebo com o primeiro salmo, é sobre a importância de estudarmos a Palavra, de meditarmos nos ensinamentos dela de dia e de noite. Isso nos fará andar no caminho dos justos.
Desafios do capítulo
Para este capítulo, tenho alguns desafios para você:
- Decorar este versíiculo: “Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” (Salmos 1:2)
- Deixar um comentário respondendo à pergunta: qual é o texto bíblico que mais têm te ensinado atualmente?
- Convidar uma outra pessoa para ler esse estudo mandando o link para ela.