Ícone do site JC na Veia

Estudo do livro de Tiago – Capítulo 4

O capítulo 4 de Tiago apresenta uma série de assuntos que precisamos considerar. É um capítulo onde, certamente, o Espírito Santo vai falar muito conosco.

Vemos os seguintes assuntos sendo tratados aqui:

Vídeo do estudo

Disputas internas e a oração

As igrejas destinatárias da carta de Tiago passavam por problemas internos. Ele endereça este ponto nos primeiros versículos destes capítulo:

“Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam? Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.”

Tiago 4:1-3

No entendimento dos três versículos em conjunto, podemos perceber que ele está ensinando à igreja que as disputas internas pelas quais eles passavam nasciam do desejo próprio de cada pessoa. Cada pessoa olhando mais para si mesmo do que para o próximo, olhando mais para os seus próprios problemas, gerando cobiça, inveja e problemas entre eles.

O mesmo ensinamento vale para nós: na nossa comunidade de fé precisamos entender que somos servos, não senhores. Existimos na comunidade para servir, não para sermos servidos. Para amar ao nosso próximo como a nós mesmos. Isso vale para nossa comunidade de fé e para nossa vida como um todo. Uma comunidade de corações dispostos a servir é a chave para que estes problemas não aconteçam.

Tiago reforça a necessidade de unidade na comunidade de fé no versículo 11:

“Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.”

Tiago 4:11

Aqui ele nos ensina que não devemos falar mal das pessoas, que quando fazemos isso estamos nos colocando no lugar de quem julga, de quem está acima da lei. Essa não é a nossa posição, somos réus, culpados pelos nossos pecados, dependentes da graça do Senhor como qualquer outra pessoa.

Este trecho da carta ainda nos ensina que as orações daquelas pessoas estavam cheias do desejo próprio, buscando apenas satisfazer às vontades pessoais, e não olhando para a vontade de Deus. O mesmo ensinamento vale para nós: quando o nosso desejo está acima do desejo de Deus ou quando o nosso desejo é mais importante do que o do todo, oramos de uma maneira egoísta e não somos atendidos.

Isso é importante o suficiente para mudar as nossas vidas, para mudar nossas orações e maneira como somos atendidos. Devemos orar a vontade do Senhor, não a nossa. Jesus faz isso de maneira brilhante em uma de suas orações mais difíceis:

“E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.”

Mateus 26:39

Jesus entendia que importava mais cumprir a vontade do Pai do que ser atendido em seus desejos. Essa deve ser nossa intenção em nossas orações: atender à vontade de Deus.

Inimizade com Deus

Tiago também nos ensina que não temos um caminho do meio, que somos ou amigos ou inimigos de Deus:

“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.”

Tiago 4:4

Não temos como andar de braços dados com o mundo e com Deus ao mesmo tempo. Estamos de um lado ou do outro. Deus não aceita dividir o Seu povo com outros deuses, não aceita que nossa adoração esteja dividida entre ele e nossos desejos, entre Ele e as coisas deste mundo. Isso nos remete diretamente ao primeiro mandamento:

“Não terás outros deuses diante de mim.”

Êxodo 20:3

Também nos leva ao que Pedro escreve em sua carta:

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;”

1 Pedro 2:9 – ARA

Não existe amizade com o mundo e com Deus ao mesmo tempo. Deus deseja exclusividade em nossas vidas, somos o povo Dele, não do mundo. Essa é nossa identidade.

Quando entendemos que somos de Deus e que Ele não aceita nos dividir com mais ninguém, entendemos o nosso papel, o que devemos fazer e como devemos nos comportar. Entender que Deus não aceita que tenhamos amizade com o mundo é uma chave de transformação das nossas vidas.

Instruções diretas para a igreja

Além disso, Tiago dá diversas instruções muito diretas para a igreja:

“Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração. Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.”

Tiago 4:7-10

Vou listar cada uma delas:

Para cada um destes pontos, podemos relacionar diversos outros textos de apoio e que corroboram estes entendimentos. O ponto aqui é que, como igreja, precisamos aprender tudo isso e colocar em prática. Isso nos fará uma igreja forte, unida e que manifesta o Reino.

Um provérbio direto

Este capítulo se encerra com um dito proverbial muito direto:

“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.”

Tiago 4:17

Tiago eleva aqui o nosso entendimento sobre o que é pecado e o que não é. Ele define que o simples fato de sabermos sobre o bem que devemos fazer deve nos levar à uma atitude de rendição e obediência pois, caso contrário, estaremos pecando.

Este é mais um ensinamento totalmente aplicável em nossas vidas: devemos fazer o bem sempre.

Desafios do capítulo

Para o capítulo de hoje, os desafios são os seguintes:

Deixe seu comentário com suas respostas.

Paz.

Sair da versão mobile