Estudo de Êxodo 26

Resumo de Êxodo 26

Êxodo 26 continua apresentando detalhes para a construção do tabernáculo. É um capítulo rico em detalhes e instruções sobre a estrutura do tabernáculo, mas também é um capítulo onde podemos nos encontrar com vários outros textos da Palavra.

O capítulo apresenta os seguintes pontos:

• As cortinas (1 a 14)
• As tábuas (15 a 30)
• O véu (31 a 37)

Vamos ver cada um destes trechos com mais detalhes.

As cortinas e as tábuas

O capítulo começa falando sobre as cortinas e as tábuas:

“E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e pano azul, e púrpura, e carmesim; com querubins as farás de obra esmerada. O comprimento de uma cortina será de vinte e oito côvados, e a largura de uma cortina, de quatro côvados; todas estas cortinas serão de uma medida.”

Êxodo 26:1,2

Para entendermos melhor, vale analisarmos uma imagem representativa. Não se esqueça de que esta imagem é apenas uma representação provável do tabernáculo, não temos certeza se o tabernáculo era exatamente assim, uma vez que Deus mostrou para Moisés um modelo enquanto conversavam, conforme vemos no versículo 30 e não deixou nenhuma representação para nós:

Na representação acima vemos os detalhes das tábuas, das barras e das bases, como tudo se encaixava para que o tabernáculo fosse facilmente desmontado e remontado conforme o povo peregrinava no deserto.

Todos estes detalhes falam, dentre outras coisas, sobre como precisamos fazer as coisas para Deus com cuidado e conforme a sua orientação. Se o povo tivesse feito algo diferente na construção do tabernáculo, provavelmente essa grande estrutura móvel não se sustentaria de pé por muito tempo. Foi necessário seguir à direção estrita de Deus para que tudo desse certo.

Da mesma forma, nós precisamos obedecer a Deus de maneira completa.

Além disso, em Hebreus 8 vemos a comparação entre este tabernáculo temporário e o ministério de Cristo.

Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem. Porque todo sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer. Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei, os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que, no monte, se te mostrou. Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas. Porque, se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para o segundo.

Hebreus 8:1-7

Veja que o texto faz um paralelo entre este tabernáculo que vemos em Êxodo 26, temporário, imperfeito, e o ministério de Cristo, nosso sumo sacerdote, irrepreensível e perfeito. Cristo é o “ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo”, fundado por Deus e não pelos homens.

Note também a separação entre o santuário, onde o candelabro e mesa dos pães estavam e o lugar santíssimo, onde estava a arca da aliança e a presença de Deus. Essa separação era feita pelo véu, conforme vamos ver abaixo.

O véu

Vemos também a descrição de como deveria ser o véu de separação entre estes dois lugares:

“Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e meterás a arca do Testemunho ali dentro do véu; e este véu vos fará separação entre o santuário e o lugar santíssimo.”

Êxodo 26:33

Esta separação servia para lembrar aos sacerdotes que trabalhariam no tabernáculo que a presença de Deus habitava no lugar santíssimo e que nenhum sacerdote deveria entrar lá em pecado. A santidade de Deus consumiria a pessoa que entrasse lá sem estar devidamente purificada.

De maneira resumida, após este tabernáculo, o povo de Israel realiza a construção do templo de Salomão, que guardava a arca da aliança e a presença de Deus. A estrutura do templo tinha uma separação similar entre o santuário e o lugar santíssimo, com a mesma intenção de lembrar aos sacerdotes sobre a santidade da presença de Deus.

Porém, quando Cristo morre na cruz vemos que o véu do templo se rasga, eliminando a separação que existia entre Deus e os homens, restaurando a nossa comunhão direta com Deus.

“E Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo. “E o centurião que estava defronte dele, vendo que assim clamando expirara, disse: Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus”

Marcos 15:36-39

Cristo é o nosso sumo sacerdote, que nos conecta com o pai. Através dele temos livre acesso a Deus, sem a necessidade de intermediários. Louvemos ao Senhor.

Vídeo do estudo de Êxodo 26