“E, se a nossa injustiça for causa da justiça de Deus, que diremos? Porventura será Deus injusto, trazendo ira sobre nós? (Falo como homem.) De maneira nenhuma; de outro modo, como julgará Deus o mundo?” (Romanos 3:5,6)
Hoje eu passei por uma situação onde um colega fez uma piada sobre a saúde de uma pessoa que é querida entre os ouvintes da piada. Foi uma revolta. Criticaram-no, apontaram o dedo, disseram que aquilo era algo que não se fazia e tudo o mais.
O mais interessante é que as mesmas pessoas que apontaram o dedo são aquelas que estão sempre prontas para falar mal e fazer as mais diversas piadas de outros que não são tão queridos assim. Estranha esta relação não é? Pode-se fazer qualquer piada ou comentário, desde que nós não gostemos da pessoa. A pessoa que faz um comentário maldoso sobre uma pessoa comum está agindo corretamente, mas aquele que faz o mesmo comentário sobre alguém querido, este está agindo erradamente?
Para mim, apesar de ser uma interpretação não muito lógica do conceito de certo e errado, é evidente que esta é a tradução mundana do que é justo. E é exatamente isto que irrita muitas pessoas quando falamos sobre a justiça de Deus. O Seu conceito é um pouco diferente, com certeza mais simples: existe aquilo que é certo e aquilo que é errado, ponto final. Não existem situações onde aquilo que é errado se torna aceitável.
E é deste ciclo de ideias que chegamos à certeza sobre a santidade de Deus. Santidade, para sê-la, exige a ausência do pecado. Do contrário passamos a trabalhar com meias verdades e logo chegamos a conclusão de que as promessas poderiam não se cumprir, seguindo para a dúvida sobre a verdade irrevogável da fé cristã.
Assim sendo, posso ficar mais tranquilo pela justiça divina ter um padrão diferenciado da justiça mundana.
Por outro lado, forço-me a pensar nos meus próprios pecados, sou obrigado a refletir em como sou o mais podre dos homens. Chegará o dia, seja breve ou distante, em que a justiça de Deus vai se cumprir e eu não vou ter argumentos para justificar os meus erros, a não ser o sangue de Cristo.
Se assumimos a crença num Deus que um dia irá nos julgar, logicamente preciso de Cristo.
Paz.
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