“E, não achando por onde introduzi-lo por causa da multidão, subindo ao eirado, o desceram no leito, por entre os ladrilhos, para o meio, diante de Jesus.” (Lucas 5:19)
Frequentemente escuto que tudo na vida tem limite, embora eu ache este conceito meio polêmico. Quebrar os paradigmas diante de nós é algo que custa um esforço grande, especialmente do nosso ego. Mas para os amigos deste paralítico, parece que este limite virtualmente não existia. O homem estava no leito, precisava ir a Jesus, não tinha como chegar. Vamos por cima.
Fico pensando que cena seria: no meio de um culto de domingo, aquele pregador famoso pregando, quando de repente se escuta um barulho no telhado e uma cama descendo por umas cordas. Primeiro ia ser uma correria para todos os lados possíveis, pois o povo hoje em dia é muito mais apavorado. Já ia pensar em ataque terrorista, bomba, avião caindo, qualquer coisa. Segundo, o pregador ia dar aquela parada estratégia e de duas uma: ou ia continuar como se nada tivesse acontecido ou gritaria “corre pessoal”.
Com Jesus não foi assim. A Bíblia não relata nenhuma histeria, nenhuma confusão, apenas Jesus olhando para o tamanho da fé daquelas pessoas e perdoando o paralítico. O tumulto foi entre os fariseus e escribas, pois Jesus primeiro lhe perdoou os pecados e só depois de argumentar com eles é que o curou. Tudo indica que o culto continuou…
Aliás, apenas a título de curiosidade, o texto diz que o paralítico imediatamente tomou seu leito e foi para casa, nem ficou para o restante do culto. E para completar, não menciona que alguém o tenha censurado.
O foco aqui é simples: seus amigos se esforçaram por ele a ponto de arrebentar um telhado e descê-lo. Você tem amigos assim? Você é um amigo assim? Por que amigos assim são cada vez mais raros?
São tempos difíceis, mas algo pode (e precisa) ser feito enquanto ainda podemos.
“Pai, ensina-me a ser dedicado a meus amigos a ponto de me importar e me esforçar por eles.”
Autor desconhecido, recebido por e-mail.
Paz.
Escrito ao som de: O celeiro das rochas