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Cristo – acima das religiões

Os capítulos 8 e 9 do evangelho de Mateus descrevem alguns atos de Jesus: curas, libertações, abrandamento de tempestade, perdão de pecados, escolha de alguns discípulos, etc.

Examinando aquele relato, observamos que o judaísmo é lembrado ou confrontado em alguns pontos (8.4,10,11,12,17; 9.3,11). Aliás, esta é uma característica do livro de Mateus, que escreveu para os judeus afim de apresentar-lhes o Messias. Mas, nos referidos capítulos, qual seria a relação entre a religião de Israel e os fatos ali narrados?

A questão é que, quando Jesus veio ao mundo, encontrou em Israel uma religião muito bem estruturada. Sob o aspecto litúrgico, tudo funcionava da melhor forma possível. Entretanto, os milagres de Jesus demonstraram a insuficiência religiosa daquele povo.

Os rituais estavam sendo cumpridos, mas os enfermos (8.2,16) e paralíticos (8.6; 9.1) não eram curados nem os endemoninhados libertos (8.16,28). Os líderes religiosos estavam presentes e ativos, mas não se mostravam eficazes no sentido de conduzir os pecadores ao perdão divino (9.2). Nem mesmo uma simples febre (8.14) eles poderiam eliminar. O texto nos mostra que algo ia muito mal, pois aquele povo estava com a fé enfraquecida (8.10,26). A religião funcionava mecanicamente. Não havia unção, poder e vida. Muitas pessoas ali eram religiosas, mas continuavam culpadas, enfermas e possuídas pelos demônios.

De quê aquele povo precisava? Certamente não era de uma nova religião. Afinal, eles tinham a melhor religião da época: o judaísmo, voltada para a devoção ao verdadeiro Deus. Entretanto, com o passar dos séculos, a prática judaica foi se distanciando da essência ensinada por Moisés. Mas isto era previsível. Chegaria um tempo quando Israel precisaria da visita de um novo profeta (Dt.18.15), o Messias, o próprio Filho de Deus.

Chegada a plenitude dos tempos, Deus enviou Jesus. O Pai tomou a iniciativa no sentido de resgatar os necessitados de perdão, cura e libertação.

Jesus veio e muitos tiveram um encontro com ele. Nos capítulos 8 e 9 de Mateus, lemos sobre alguns desses encontros. Aí então, o leproso foi curado e Cristo mandou que ele se apresentasse ao sacerdote e fizesse o sacrifício determinado pela lei. Imagino que o sacerdote deve ter ficado maravilhado, perplexo, assustado, porque, embora o fato fosse previsto pela lei mosaica (Lv.14), é provável que ele nunca tivesse visto, até então, um leproso curado. Algo de sobrenatural estava acontecendo nas ruas de Jerusalém, muito além dos costumes e rituais religiosos.

Naqueles dias, muitos endemoninhados foram libertos, fenômenos naturais foram dominados, pecados foram perdoados, paralíticos começaram a andar, mudos falaram, cegos enxergaram, mortos ressuscitaram. Os atos de Jesus provocaram diferentes reações. Os líderes religiosos se levantaram contra ele (9.3,11,34). Os moradores de Gadara expulsaram-no daquela cidade. Porém, alguns creram nele e tornaram-se seus discípulos, seus seguidores.

Ainda hoje, muitas religiões existem e podem ser consideradas boas sob vários aspectos. Podem até ter bons ensinamentos e promover a caridade. Porém, a grande questão é: elas têm trazido perdão, cura, libertação e salvação eterna? Assim como o povo daquele tempo, todos hoje precisam ter um encontro com Jesus afim de que suas vidas sejam transformadas. Jesus Cristo ainda perdoa, cura, salva e liberta. Muitos sabem disso, mas preferem tomar a atitude dos fariseus e escribas que rejeitaram o Senhor e se tornaram seus perseguidores.

Porém, para aqueles que o aceitam, ele diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas” (Mateus 11.28-29).

Cristo é a única esperança para a alma perdida. Muitas religiões existem e outras tantas podem ser criadas, mas Jesus continuará sendo o único caminho para se chegar a Deus.

Os milagres visíveis eram sinais que o Mestre utilizava para conduzir as pessoas ao mais importante: a fé, o perdão e a salvação (Mt.9.6). As curas físicas são necessárias e muitas têm acontecido, mas precisamos focalizar o principal: Jesus veio salvar os pecadores, e só ele pode fazer isso por nós. Não podemos garantir que todos serão curados, pois isto depende da peculiaridade de cada caso, mas a palavra de Deus garante que “TODO aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10.13). Clame pelo nome de Jesus agora. Receba, pela fé, o perdão dos seus pecados e a salvação da sua alma.

Autor: Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia. Professor do Steb – Seminário Teológico Evangélico do Brasil e do Sebemge – Seminário Batista do Estado de Minas Gerais
Extraído de seu site pessoal.

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