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Estudo de Atos 4

Bíblia sobre a mesa

Aqui no estudo de Atos 4, veremos o começo da perseguição contra a igreja primitiva e um pouco mais sobre como eles estavam se organizando. Neste capítulo veremos o seguinte:

Ao final do texto, deixo um desafio para este capítulo.

VÍDEO DO ESTUDO DE ATOS 4

A igreja começa a ser perseguida

“E, estando eles falando ao povo, sobrevieram os sacerdotes, e o capitão do templo, e os saduceus, Doendo-se muito de que ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus a ressurreição dentre os mortos. E lançaram mão deles, e os encerraram na prisão até ao dia seguinte, pois já era tarde.”

Atos 4:1-3

Como já falamos no estudo de Atos 3, os judeus estavam começando a perceber o plano para matar Jesus havia falhado. Eles realmente tinham conseguido matá-lo, mas seus discípulos, além de não terem se dispersado, estavam falando que Ele havia ressuscitado e anunciavam a ressurreição dentre os mortos.

A maneira que eles encontram de tentar acabar com este movimento, era prendendo Pedro e João. Notamos neste texto algusn personagens que conhecemos no nosso estudo do livro de João.

“E Anás, o sumo sacerdote, e Caifás, e João, e Alexandre, e todos quantos havia da linhagem do sumo sacerdote. E, pondo-os no meio, perguntaram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto?”

Atos 4:6,7

Os mesmos Anás e Caifás que condenaram Jesus, reaparecem aqui, desta vez interrogando Pedro e João.

Este é o início de uma série de perseguições que a igreja sofreria ao longo da história. Veremos, ao longo do livro de Atos que esta perseguição, apesar de ter sido momentaneamente ruim, foi o que impulsionou a igreja para fora de Jerusalém, permitindo que o evangelho fosse pregado em outros lugares muito rapidamente.

Muitas vezes passamos pela mesma coisa: enfrentamos um período difícil na vida, sem enxergar que, por trás disso, Deus tem um plano maravilhoso, de algo muito maior do que imaginamos ou planejamos.

A caridade na igreja

Por vezes a igreja primitiva é usada como um exemplo de caridade e de organização financeira para nós. Não é para menos, no texto de Atos 4, lemos:

“Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido e o depositavam aos pés dos apóstolos.”

Atos 4:34

Não ter entre o povo de Deus nenhum que esteja necessitado é algo maravilhoso. Creio que é assim que deveríamos operar como igreja. Essa forma de viver, inclusive, era algo que colocava em julgamento os fariseus, uma vez que essa era uma lei de Deus que não estava sendo seguidas por eles. Vemos essa parte da lei descrita no final do capítulo 14 e início do capítulo 15 de Deuteronômio.

Com isso, o que Lucas está relatando aqui é muito claro: a nova comunidade que se formava ali estava representando melhor o plano de Deus, com a presença do Espírito e com a caridade, do que os religiosos fariseus estavam fazendo.

Isso não era algo que estava fazendo para ser uma disputa de quem faria melhor, mas sim era uma obra do Espírito na vida daquela comunidade. Vemos isso no verso 32:

“E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns.”

Atos 4:32

Aqui vale apenas um entendimento melhor, para que o que é bom, não se transforme em julgamento. Já vi algumas pessoas dizerem que nós deveríamos estar fazendo o mesmo: cada um de nós vender tudo o que temos e dividir o dinheiro conforme a necessidade. Julgando assim que, a maneira como fazemos as coisas hoje em dia, está errada.

É importante notar aqui que a Palavra não diz que todos os discípulos vendiam tudo o que tinham para que fosse compartilhado. Diz que aqueles que tinham alguma herança, alguma casa, no caso de venderem para a doação para a obra, o faziam de coração, para ajudar. Vamos confirmar isso na sequência deste texto, em Atos 5, na indagação de Pedro para Ananias:

Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.

Atos 5:4

Quando a palavra diz aqui que “e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria” fala mais do coração das pessoas e a maneira como consideravam seus próprios bens do que sobre vender tudo o que tinham.

Temos aqui uma série de ensinamentos. O primeiro é: somos a família de Cristo na terra e entre nós não pode haver necessitados, todos os que podem ajudar precisam estar abertos ao Espírito para ajudarem.

Isso não significa que uma pessoa não pode ter mais bens que a outra, nem significa que todos nós deveríamos estar vendendo tudo o que temos para doar para que a igreja organizasse esse dinheiro. Não é esse o relato que encontramos aqui.

O segundo ensinamento que temos aqui é: como família de Deus, tudo o que temos é dEle. Não existe nada que seja nosso, e precisamos usar o que temos para o suprimento desta família. A maneira como vamos fazer é contextual e passa pela cultural do povo em questão.

O terceiro é que não podemos julgar as pessoas por ajudarem menos do que nós esperávamos que elas fizessem. Já encontrei, na caminhada, muitas pessoas fazendo isso. Se o nosso coração, como igreja de Cristo na Terra é um, não devemos ter este tipo de julgamento.

Desafio do capítulo

No desafio de hoje tenho duas perguntas para você responder nos comentários:

  1. Como você pode praticar caridade no seu dia-a-dia?
  2. Qual outro texto bíblico fala sobre caridade?

Paz.

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