[mks_dropcap style=”rounded” size=”52″ bg_color=”#dd3333″ txt_color=”#ffffff”]A[/mks_dropcap] igreja católica brasileira sofreu por muitos anos de algo que, pessoalmente, considero um grande mal: muitas pessoas eram católicas.
Explico-me: no final dos anos oitenta, início dos anos noventa, quando a igreja evangélica começava um movimento de crescimento, todas as pessoas se diziam católicas. Podiam nunca ter ido à missa ou frequentarem muito raramente a igreja, mas se diziam católicas.
Não conheciam Jesus, a não ser pela imagem do homem pregado na cruz, e provavelmente nem sabiam quem era o padre que conduzia a missa.
Muitos fizeram primeira comunhão, mas poucos se tornaram verdadeiramente católicos. Com isso criou-se uma subdivisão chamada de “católicos não praticantes”. Isso sempre me incomodou.
Considero isso um mal pois aquelas pessoas envergonhavam a religião que diziam professar por não conhecê-la e não praticá-la.
Hoje, mais de vinte anos mais tarde, o mesmo mal atinge a igreja evangélica brasileira. Muitos se dizem evangélicos, até mesmo frequentam alguns cultos e talvez tenham uma igreja para chamar de sua. Porém não conhecem, nem de longe, Cristo e Seu sacrifício.
Estas pessoas envergonham o evangelho, dizendo ser algo que não conhecem e não praticam. Ouvem algumas coisas, superficialmente conhecem algumas verdades, mas não levam isso para suas vidas.
Você pode estar lembrando-se de algumas pessoas, assim como eu estou enquanto escrevo, mas não quero que este post seja para esta pessoa. Quero que esta reflexão seja para você mesmo que está lendo. Será que você, por mais que frequente de maneira assídua os cultos, leia a Bíblia e tenha a certeza da graça, não está envergonhando a igreja evangélica com suas atitudes? Muito mais que isso, será que não está envergonhando a Deus com seu modo de agir no dia-a-dia?
É muito fácil nos colocarmos no papel do diabo e julgarmos estes que se dizem cristãos, mas pouco frequentam a igreja, esquecendo-nos dos nossos próprios erros. Quantas vezes não somos nós, o clero, os líderes da igreja evangélica brasileira que envergonhamos o evangelho com nossas atitudes diárias.
Se a Palavra não tem causado transformação em nossas próprias vidas, como podemos julgar o irmãozinho que mal vai à igreja?
E não tente ler isso mentindo para você mesmo dizendo que tem uma vida limpa, deixe de ser um fariseu hipócrita e admita que sua vida está cheia de erros. Eu sei que, infelizmente, a minha está.
Logo, minha reflexão de hoje é para você leitor, pedindo que olhe para sua vida e analise cada área que ainda não se converteu. Peça perdão a Deus por envergonhá-lo diariamente e mude de direção.
E sobre estarmos sofrendo o mesmo mal que a igreja católica sofreu no passado? Culpa nossa. Se estivéssemos dando o melhor exemplo e testemunho, talvez isso não tivesse acontecido.
“Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (2 Pedro 1:10-11)
Paz.