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Fidelidade até a morte

Em Apocalipse 2.10 está escrito : “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida.” Ser fiel é manter o compromisso, fazendo o que se deve fazer e evitando o que se deve evitar. Ser fiel a Deus é procurar sempre viver de acordo com a sua vontade, praticando o bem e evitando o erro. Se, eventualmente, cometemos algum pecado, devemos suplicar o perdão e voltar ao procedimento cristão. Nesse caso, caímos no meio do caminho, mas nos levantamos e continuamos na direção certa. Entretanto, existem aqueles que abandonam a vida cristã, assumindo uma postura de infidelidade deliberada. Estes desistiram, desviaram-se do caminho da salvação.

Será que nós, que hoje servimos ao Senhor, estaremos fora do seu caminho amanhã? Até onde você está disposto a ir com Cristo? Até quando você será fiel a ele? “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida.”

O caminhar com Cristo nos leva a lugares diversos, a situações diversas. Pensemos, por exemplo, na caminhada dos discípulos com o Mestre. No início, tudo era agradável; Jesus transformou a água em vinho, multiplicou pães e peixes, curou enfermos, ressuscitou mortos, libertou os oprimidos, etc. Que maravilha! Como é bom andar com Jesus! Mas o tempo foi passando e as circunstâncias foram ficando difíceis. Muitas pessoas foram se levantando contra Jesus e contra os seus discípulos. Fariseus, saduceus, escribas, sacerdotes, líderes políticos, muitos passaram a perseguir o Senhor Jesus, e tudo isso culminou com a sua crucificação.

Andar com Jesus é muito bom, pois esse é o caminho da salvação e da vida eterna, mas no meio dessa estrada existe uma cruz. Os discípulos não esperavam por isso, não contavam com esse lado da vida cristã. Por isso, quando Jesus foi preso, todos os discípulos fugiram. O cristianismo não se constitui apenas das bênçãos que recebemos de Deus. Existe uma cruz no meio do caminho. Cada um de nós tem a sua cruz. Isto significa toda situação difícil em que somos tentados a fazer prevalecer nossa vontade própria em detrimento dos princípios cristãos. Se escolhemos a vontade de Deus, mesmo em meio ao sofrimento, então crucificamos a nossa carne com suas paixões e concupiscências e permanecemos em nossa posição de fidelidade ao Senhor.

Ser fiel a Deus no meio das bênçãos é muito fácil. Ele espera que sejamos fiéis também no momento da dificuldade. Nossa fidelidade deve ser incondicional. Se Deus nos abençoar seremos fiéis. Se ele não nos abençoar em determinada situação, devemos continuar sendo fiéis. Se Deus nos curar ou não curar; se ele atender nossa oração ou não atender; de qualquer maneira nossa fidelidade deve continuar a mesma. Essa foi a determinação de Mesaque, Sadraque e Abedenego. Se Deus os livrasse da fornalha ou não livrasse, de qualquer modo eles não adorariam à imagem construída por Nabucodonozor. Permaneceriam fiéis a Deus.

Vejamos algumas situações em que nossa fidelidade é colocada em prova:

1- Fraquezas e desejos pessoais. Muitas pessoas abandonam a vida cristã sem nem mesmo terem sido tentadas pelo Diabo. Caíram sozinhas. Foi sua própria inclinação carnal que as conduziu à queda. É o caso daqueles que usam qualquer motivo para abandonar o evangelho.

2 – Tribulações, tentações, provações e perseguições. Todos esses elementos podem ser reunidos na seguinte frase: momentos em que fica difícil ser cristão. As pessoas estão contra nós, ou as oportunidades nos sugerem que tudo ficaria mais fácil se negássemos nossa fé e renunciássemos ao nosso compromisso com Deus. Nessa hora, o Diabo pode estar agindo para que desistamos da nossa fidelidade. E Deus espera que fiquemos firmes na vida cristã. Por um tempo determinado, Deus não interfere na situação. Ele deixa que nós decidamos por conta própria se vamos continuar a servi-lo ou não. Observe que quando a serpente tentou Eva ou quando o Diabo tentou a Cristo, Deus não interferiu.

Quando o Diabo nos tenta, ele se apresenta como um “amigo”. Parece que ele quer nos ajudar. É o caso, por exemplo, quando um crente desempregado, recebe uma proposta para ganhar dinheiro com algo ilícito ou que contraria os princípios bíblicos. Nessas horas, ele nos oferece justamente o que estamos querendo ou precisando, mas, em troca, ele estará conseguindo seu objetivo: o fim da nossa fidelidade a Deus.

Quando o Diabo nos persegue, ele se mostra como realmente é: nosso inimigo. Nesse momento, vem a perseguição e novamente nossa fidelidade a Deus é colocada em prova.

Vamos resistir a todos esses desafios? Até quando seremos fiéis a Deus? Cada um deve fazer essa pergunta a si mesmo.

Como podemos ter essa fidelidade para com o Senhor? Precisamos ter, antes de mais nada, um propósito firme de sermos fiéis a Deus. Essa é a determinação que devemos ter. Ao invés de ficarmos determinando o que Deus deve fazer, devemos determinar é que seremos obedientes e fiéis a ele. Além disso, devemos adquirir uma base espiritual bem sólida através do conhecimento da Palavra de Deus, a Bíblia. “Escondi a tua Palavra no meu coração para não pecar contra ti.” (Salmo 119.11). É através do conhecimento bíblico que seremos capazes de identificar as sugestões do Diabo em nossas vidas, e, assim, poderemos rechaçá-lo dizendo: “Está escrito…” Precisamos também buscar ao Senhor por meio de jejum e oração afim de termos experiências com Deus. Assim, não ficaremos apenas no nível do “cristianismo teórico ou filosófico”.

Vamos reforçar nosso fundamento espiritual para que sejamos como a casa construída sobre a rocha, a qual resiste aos ventos, aos rios, à chuva e a todas as tribulações. E toda a nossa fidelidade será recompensada pelo Senhor porque ele disse: “Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida.” Vamos recusar as ofertas do Diabo. Sejamos fiéis ao Senhor, e a coroa da vida estará garantida na eternidade.

Autor original: Prof. Anísio Renato de Andrade
Extraído de seu site pessoal.

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