“Estai pois firmes na liberdade com que Cristo vos libertou e não tornai a meter-vos debaixo do jugo da servidão.” (Gálatas 5.1)
O apóstolo Paulo fez essa advertência aos cristãos da Galácia. Se fomos libertos por Cristo, se ele nos libertou das mãos de Satanás, se ele nos livrou de tantos males, a Palavra de Deus nos alerta para que não nos escravizemos novamente. Precisamos manter nossa liberdade espiritual.
Algumas vezes temos a tristeza de saber que algumas pessoas abandonaram a fé, retornando a uma vida de pecado. Tornaram-se novamente escravas do diabo. Isso pode parecer incrível, mas o próprio Jesus disse que os demônios que dominavam alguém podem voltar trazendo outros com eles (Lucas 11.24-26). O último estado dessas pessoas torna-se pior do que o primeiro.
Na história do povo de Israel, notamos períodos de cativeiro que se revezavam com atos divinos de libertação. Observe o que diz o Salmo 126, versículos 1 e 4: “Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltavam a Sião, estávamos como os que sonham… Torna a trazer-nos do cativeiro, Senhor…” O povo já havia sido liberto, mas caiu novamente nas mãos do inimigo.
Façamos uma retrospectiva bíblica da história de Israel: O povo esteve cativo no Egito durante 430 anos. Deus o libertou. Chegando em Canaã, os países vizinhos se revezaram para explorar e abater os israelitas. O livro dos Juízes nos mostra uma sucessão de opressões e libertações. Mais tarde, a Assíria levou uma parte dos israelitas para o cativeiro. Depois, a Babilônia escravizou as tribos restantes. Passados os 70 anos de cativeiro babilônico, Deus libertou o seu povo novamente.
Vemos que Israel viveu entre cativeiros e libertações. Esta, porém, não era a vontade do Senhor para eles, e também não é para nós. Deus não quer que os que hoje são libertos por ele voltem amanhã dizendo: “liberta-nos de novo!” Por quê essas derrotas aconteciam? Devido ao pecado dos israelitas, principalmente por causa da idolatria (Salmo 106.34-45).
Como podemos manter nossa liberdade espiritual e não cair nas mãos do inimigo?
Em primeiro lugar, é preciso compromisso com Deus. Qualquer pessoa pode ser liberta ou receber uma benção. Entretanto, se essa pessoa não assume um compromisso de ser um cristão, os demônios voltarão a dominá-la. É por isso que muitas pessoas caem endemoninhadas todas as vezes que comparecem a um culto.
Em segundo lugar, é preciso vigilância. Para nos escravizar, o diabo nos oferece alguma coisa. Vejamos alguns exemplos: Depois de conseguir a libertação para o seu povo, Gideão foi derrotado pela tentação das riquezas materiais (Juízes 8.24-27). Sansão, por sua vez, foi derrotado pela prostituição com Dalila que, depois de descobrir seu segredo, cortou-lhe os cabelos (Juízes 16.1,19).
Podemos ver que Satanás usa a estratégia de acordo com a fraqueza de cada pessoa. Precisamos ficar vigilantes e recusar as propostas que nos chegam de todos os lados buscando nossa queda. Depois que Sansão foi derrotado, tornou-se motivo de zombaria no templo dos filisteus. O desejo do inimigo é nos ver caindo e sendo motivo de escarnecimento. O desejo de Deus, entretanto, é que nos mantenhamos livres, vencedores e assim possamos ajudar na libertação de outras pessoas.
Autor: Prof. Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia
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