“E, aproximando-se dele um escriba, disse-lhe: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei. E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.” (Mateus 8:19,20)
Quando o escriba disse essas palavras, é possível que muitas pessoas tenham ficado alegres, afinal, não era comum que alguém como ele reconhecesse Jesus como o Cristo.
Porém, é importante notarmos alguns detalhes: o primeiro deles é que o escriba chama Jesus de mestre, ou seja, o reconhecimento que ele estava dando para o Senhor era apenas como de alguém muito entendido das escrituras, um mestre. Ele não reconheceu Jesus como o Cristo, como falei na parágrafo anterior, foi um reconhecimento extremamente superficial e imediato da pessoa de Jesus.
O segundo ponto que temos que notar foi a resposta de Jesus: educada, porém trazendo o escriba para a realidade de que, quem quer que o seguisse, não teria conforto ou descanso. Pelo contrário, seriam hóspedes nas casas das pessoas que quisessem recebê-los e o conforto seria mínimo.
Quantas vezes nós mesmos não respondemos a um chamado de Cristo dessa maneira? Sem pensar muito nas consequências, sem medir o que estamos fazendo e fazendo tudo no impulso?
Jesus, em nenhum momento, disse que o escriba não poderia segui-lo ou que deveria ficar em casa. Ele apenas trouxe para aquele homem um pequena dose de realidade. Podemos certamente inferir, pela resposta que Cristo deu e pelo fato de não ouvirmos mais falar sobre esse escriba, que ele decidiu não seguir a Jesus, que provavelmente ele estava sendo levado pelo impulso quando disse que o seguiria para qualquer lugar.
Certamente caminhar com Jesus e atender ao seu chamado é a melhor decisão que qualquer pessoa pode ter. Porém, será que nossa carne está morta o suficiente? As perguntas que ficam para você responder hoje são essas:
- Qual é o chamado que Deus tem para mim?
- Eu já pensei nas consequências disso ou estou aceitando-o por impulso?
- Existe algo na minha carne me impedindo de viver isso?
- O que posso fazer, a partir desse exato momento, para matar minha carne e viver a plenitude do chamado de Deus para minha vida?
Paz.