Sempre me intrigou o fato de Jacó ter enganado seu pai para obter a benção. Por muito tempo isso me pareceu errado, ele planejou, mentiu e confirmou a mentira. Mesmo assim conseguiu a benção.
Porém, quando olho para as atitudes de Esaú, também vejo como ele errou.
Vejamos dois textos:
“E
disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho,
porque estou cansado. Por isso, se chamou o seu nome Edom. Então, disse
Jacó: Vende-me, hoje, a tua primogenitura. E disse Esaú: Eis que estou a
ponto de morrer, e para que me servirá logo a primogenitura? Então,
disse Jacó: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a
Jacó.”
(Gênesis 25:30-33)
Neste primeiro, certamente o mais lembrado de todos, vemos o momento onde Esaú coloca a sua vontade ou necessidade momentânea antes da benção duradoura. Muitos podem argumentar que ele realmente estava morrendo, literalmente, e não tinha escolha. Vejamos o segundo texto:
“Ora, sendo Esaú da idade de
quarenta anos, tomou por mulher a Judite, filha de Beeri, heteu, e a
Basemate, filha de Elom, heteu. E estas foram para Isaque e Rebeca uma
amargura de espírito.”
(Gênesis 26:34-35)
Neste texto vemos que a escolha de Esaú desagradou seus pais. Em minha opinião, mais um momento onde Esaú pensou mais nele e no momento. Veja o que diz o autor de Hebreus:
“E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura.” (Hebreus 12:16)
Neste trecho da Palavra Esaú é chamado de profano, uma pessoa não santificada, incrédula.
Em minha opinião, em ambos os casos o erro de Esaú foi o de olhar mais para o agora do que para o todo. Isso se traduziu em comportamentos impulsivos, que iria satisfazer a sua vontade, mesmo que desagradassem a Deus.
Fiquei pensando, será que não temos sido como Esaú, olhando mais para o agora e menos para o plano como um todo?
Paz.