“E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede.”
João 6:35
Se você ainda sente fome ou sede será que não foi a Cristo? Será que Cristo estava apenas fazendo uma analogia?
Para entender isso, precisamos voltar lá para Gênesis:
“E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”
Gênesis 2:15-17
Quando criou o mundo, Deus deu para Adão e Eva todas as coisas. Eles eram livres, não precisariam preocupar-se com o que vestir ou com o que comeriam, tudo estava à sua disposição. Exceto a árvore do conhecimento.
O plano de Deus era que não nos preocupássemos com estas coisas mundanas, com o trabalho, com as doenças ou com a morte. Não existiriam pandemias, não teríamos problemas. Tudo já estaria pronto e viveríamos em paz, para a glória de Deus.
Porém, o homem caiu, escolheu o pecado e deixou-se enganar pela serpente.
Logo, quando Jesus diz que é o pão da vida e que as pessoas que fossem a Ele não teriam fome, não está apenas usando uma figura de linguagem, está também sendo literal, apontando para a glória futura.
O plano de Deus para nós envolve a nossa vida na glória, onde não teremos fome, sede, doenças ou morte. Você consegue perceber que Ele está formando novamente o que perdemos em Adão?
Onde o primeiro Adão errou, o segundo, Jesus, acertou.
É quando entendemos o que era o Éden e o que Deus está fazendo, que podemos entender as parábolas da pérola e do tesouro escondido, de Mateus 13:
“Também o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. Outrossim o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e comprou-a.”
Mateus 13:44-46
O que é mais importante do que o reino dos céus? Existe preço que pague por ele? Existe algo em nossa vida de peregrinação aqui na terra que tenha mais valor que o reino?
Então por qual motivo continuamos negociando o Reino, por que continuamos dando mais valor para as coisas deste mundo do que damos para o que é eterno?
A resposta, novamente, nos faz voltar para o início:
“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.”
Gênesis 3:6
A pergunta aqui é a mesma, se a humanidade, no Jardim do Éden tinha tudo o que precisavam, por qual motivo deixaram-se enganar pela serpente?
Hoje, damos mais valor para o que vemos do que para o Reino eterno pelo mesmo motivo: não percebemos o que Deus já fez, não entendemos a eternidade, vivemos achando que não é o suficiente. Pensamos que o que Deus nos dá não é suficiente, que Suas promessas não são suficientes, que suas bençãos não são suficientes. Queremos o que teremos na eternidade, agora, mesmo que para isso precisemos desobedecer ao Senhor e comer do fruto proibido.
- Quero o dinheiro agora
- Quero a alegria agora
- Quero esquecer os problemas agora
- Quero ter aquilo que desejo agora
- Quero aquilo que não tenho, quero agora
A diferença entre o início da humanidade e nós é claro: Jesus.
Ele já fez todo o necessário e não existe mais nada que precise ser feito para que nós possamos entender o Reino. Ele apontou para a eternidade, nos deu o Espírito e deixou a Palavra para que não precisássemos de mais nada para perceber isso.
Então a escolha é nossa, continuarmos sendo enganados pela serpente, ignorando ao Senhor, ou aceitando que Jesus já preparou tudo para nós. O caminho está pronto, a vida está pronta, as bençãos estão no nosso caminho. É a hora de vendermos tudo o que temos para conseguir esse tesouro.
Onde você ainda está sendo enganado pela serpente?