Quando a lei é dada para Moisés, podemos ver uma série de mandamentos que o povo de Israel deveria seguir.
“Cada um temerá a sua mãe e a seu pai, e guardará os meus sábados. Eu sou o Senhor vosso Deus. Não vos virareis para os ídolos nem vos fareis deuses de fundição. Eu sou o Senhor vosso Deus. E, quando oferecerdes sacrifício pacífico ao Senhor, da vossa própria vontade o oferecereis. No dia em que o sacrificardes, e no dia seguinte, se comerá; mas o que sobejar ao terceiro dia, será queimado com fogo. E se alguma coisa dele for comida ao terceiro dia, coisa abominável é; não será aceita. E qualquer que o comer levará a sua iniqüidade, porquanto profanou a santidade do Senhor; por isso tal alma será extirpada do seu povo.”
Levítico 19:3-8
Este trecho acima é apenas um exemplo de tantos que temos no Pentateuco com as 613 leis que o Senhor deixou para o povo.
Eram muitas leis, que falavam de diversos aspectos das vidas das pessoas. Algo extenso, detalhado, que deveria ser seguido à risca.
O povo de Israel sempre foi ensinado com base na lei. Tanto que muitos dos fariseus eram também chamados de “doutores da lei”. Estes eram pessoas que conheciam profundamente toda a lei, que dedicaram as suas vidas ao estudo e entendimento de cada um dos itens da lei Mosaica.
É interessante a passagem onde um destes doutores da lei interroga Jesus:
“E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar. E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.”
Mateus 22:34-40
A pergunta de qual era o mandamento mais importante da lei era, claramente, uma pegadinha. Se Cristo respondesse que o mais importante era o mandamento A, os fariseus poderiam dizer que o Jesus estava dizendo que o mandamento B não era tão importante.
Logo, a resposta de Cristo, como sempre, é perfeita.
Ele diz que existem dois grandes mandamentos, semelhantes, através dos quais toda a lei é derivada:
- Amar ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento
- Amar ao próximo como a ti mesmo
Jesus conseguiu trazer os 613 itens da lei para duas simples direções. Simples, porém, ao mesmo tempo, extremamente complexas.
Ao simplificar o entendimento da lei nestes dois mandamentos, Jesus não deixou nenhum aspecto da lei de fora, pelo contrário, fez com que ela ficasse ainda mais abrangente. Confirmo este ponto com a passagem de Mateus 5, que se inicia no versículo 17 e vai até o fim do capítulo, no verso 48:
“Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.”
Mateus 5:17
Jesus não deixa nada de fora, ele expande o entendimento da lei para que ela seja ainda mais abrangente. Ele nos dá o exemplo de que devemos viver nos baseando nestes dois princípios, e que eles devem ser a base sobre a qual construímos o nosso modo de viver.
As questões que temos para refletir então, são essas:
- O que é amar Deus acima de todas as coisas?
- O que é amar ao seu próximo como a você mesmo?
- Onde você claramente não tem amado a Deus acima de todas as coisas?
- Onde você claramente não tem amado o seu próximo como a você mesmo?
- Quais são as consequências de você não estar fazendo isso?
Essas meditações devem ser feitas entre você e o Espírito Santo. Deixe que Ele te fale como e onde você precisa mudar a sua vida.
Este “resumo” que Cristo fez da lei não é algo sobre o qual precisamos refletir e almejar. São princípios sobre os quais toda a nossa vida deve ser construída. Cada pensamento, cada atitude, cada plano deve estar baseado nestes dois mandamentos.
Paz.
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