[mks_dropcap style=”rounded” size=”52″ bg_color=”#dd3333″ txt_color=”#ffffff”]N[/mks_dropcap]a época dos meus vestibulares eu havia tentado passar em universidades públicas mas, sendo uma pessoa normal, não consegui. Então cogitei ficar um ano sem estudar, uma vez que não teria como pagar uma universidade particular e não conseguia passar na pública.
O meu plano era começar a trabalhar, juntar um dinheiro e entrar na faculdade. Tudo parecia muito alinhado e organizado na minha cabeça de adolescente.
Então meu pai me fez virar homem. Virou pra mim e disse: “Filho, não tenho como te ajudar financeiramente, mas você vai fazer faculdade.”.
Eu não entendi muito bem o que ele estava querendo dizer, então perguntei: “Mas pai, como eu vou pagar?”.
A conversa acabou mais ou menos ali. Ele estava deixando claro que, a partir daquele momento, eu tinha uma direção e era um problema meu resolver como atingiria aquele objetivo. Não fazer uma faculdade não era opção, entrar na pública era impossível.
A solução foi entrar na universidade particular e não pagar, ficar devendo. Fiquei em dívida com a faculdade nos seis primeiros meses. Consegui um emprego com um colega que havia conhecido lá mesmo e, após o término do primeiro semestre, com o meu salário, comecei a pagar o que estava atrasado.
Ali, com aquela atitude do meu pai, minha vida começou a mudar. Amadureci e fui evoluindo. Comecei minha carreira, comprei meu carro, namorava sério, me converti de verdade e estava pensando em me casar.
Isso aconteceu em poucos anos após a estranha direção do meu pai.
Nestes anos, com toda esta mudança acontecendo, eu via alguns colegas que mantinham a mesma vida desde o colegial. As mesmas conversas, a mesma falta de emprego, de dinheiro, os mesmos hobbies. Nada havia mudado em anos que são cruciais na vida de qualquer pessoa.
Aquilo me espantava pois já não era mais o tempo de viver aquelas coisas, era o tempo de começar a carreira, a família e as conquistas que qualquer pessoa precisa ter. Pode ser que não tivesse um casamento ou uma decisão final de profissão, mas teria que existir, ao menos, uma tentativa séria.
A mesma coisa acontece na nossa vida como cristão. Passamos muito tempo no mundo, servindo à nossa própria vontade, aos desejos da carne, imitando o padrão do mundo.
“Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias.” (1 Pedro 4:3)
Agora, como cristão, chegou a hora de crescer, de viver coisas novas, alcançar outros níveis de intimidade com Deus, de conhecimento e revelação da Palavra. Novas pessoas, novos lugares, novas experiências.
Se você é cristão há dois ou três anos e continua vivendo a mesma vida que vivia antes de se converter, ou algo muito próximo daquilo, está perdendo um tempo importante de crescimento e relacionamento com Deus. O tempo de viver para si mesmo passou, o tempo de brincar de igreja acabou, o tempo de viver com um pé na igreja é um pé fora acabou.
O meu apelo, com toda esta história, é fazer com que você se mova. Cresça espiritualmente, torne-se um homem crescido em Deus.
Paz.