Ausência de Deus

e eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” (João 14:16)

É muito mais fácil ouvir Deus falar diretamente conosco do que procurar a resposta que Ele já revelou.

Fatores como comodismo, ansiedade, preguiça etc levam a este distanciamento da revelação. Ainda assim, o principal bloqueio se dá pela falta de sensibilidade ou insensibilidade da humanidade.

Não se trata de sentimentalismo ou comoção, essa sensibilidade está ligada a capacidade de reação a sinais captados nas evidências que surgem por meio das circunstâncias do dia a dia.

Somos seres ansiosos, completamente dependentes de respostas imediatas. Logo, pensar antes de tomar uma decisão torna-se um período longo coberto de angústia.

Esperar a direção antes de decidir algo é uma condição que o ser humano aprende a receber desde criança. De fato, o desconhecimento do certo e errado exige a necessidade da instrução. Todavia, ainda que a experiência de outro seja importante, é preciso saber viver com a ausência da presença de um decisor que não seja o próprio eu.

Como cristãos, aprendemos que essas decisões são tomadas pelo Senhor nas revelações que nos dá pelo Espírito Santo por intermédio da palavra, de pessoas ou até de situações. Mas há momentos em que, mesmo depois de orar, as respostas insistem em não brotar em nossa frente.

A soberania de Deus é tão grande que estes momentos em que Ele se distancia servem para que reconheçamos que o afastamento realmente nos torna totalmente vulneráveis.

Antes de morrer, Cristo avisou as dificuldades que os discípulos enfrentariam com Sua partida e que, por essa razão, nos deixaria um Consolador.

Jesus sabia a carência que as gerações posteriores sofreriam após Seu retorno aos céus. Ele sabia o quanto sentiríamos Sua falta e referiu-se ao Seu Espírito como o Consolador.

Levando em conta todas as qualidades que possui, Cristo poderia ter se referido ao Espírito Santo de outras formas, mas, ao chamá-lo de Consolador, transmite a mensagem de que nos sentiríamos sozinhos devido à ausência de Sua presença física e, por isso, precisaríamos de alguém para suprir o vazio deixado por Ele.

A questão chave da vida do cristão é justamente a adaptação do afastamento de Deus. A compreensão de que essas ocasiões são necessárias para que experimentemos nossa solitude e, assim, possamos busca-lo com mais profundidade.

Aproveite os momentos em que Deus se silencia para render verdadeira adoração. Use das experiências anteriores para tomar as decisões necessárias. Lembre-se que todas as respostas podem facilmente ser encontradas na bíblia.


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