“Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões.” (Filemom 1:10)
Ao ler o livro de Filemon, é perceptível o amor de Paulo por aqueles que caminhavam junto dele. Não somente pelo próprio teor da carta, onde ele intercede por Onésimo, mas também pela forma como se refere a cada um dos irmãos que menciona. Isso me fez pensar sobre nosso papel como discipuladores.
Jesus nos deu o mandamento de ir e fazer discípulos, e muitas vezes em nossa ânsia de cumprir esse mandamento, nos esquecemos do zelo que requer essa tarefa.
Aqueles que caminham conosco devem ser aqueles com quem nós também caminhamos, é uma via de mão dupla, onde quanto mais nos doamos ao outro, mais recebemos deles.
Não podemos esperar que as pessoas abram suas vidas e corações, se permanecemos numa atitude de altivez, como se fôssemos professores que apenas ensinam, mas não têm nada a aprender.
O discípulo é aquele que também é amigo e irmão. É aquele que chora sua dor e ri sua alegria.
“Não já como servo, antes, mais do que servo, como irmão amado, particularmente de mim, e quanto mais de ti, assim na carne como no Senhor?” (Filemom 1:16)
Se queremos chegar até às pessoas, não faz sentido criarmos muros ao redor de nós mesmos.
Devemos aprender com a humildade de Paulo, a nos abrirmos com os que andam junto de nós, para que assim eles possam se achegar ainda mais, e estabelecer vínculos duradouros.
Obviamente, isso deve ser feito com maturidade e discernimento, pois o intuito não é abrirmos nossas vidas a qualquer um, mas sim criar relacionamentos, onde verdadeiramente somos um.
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