“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento;” (Mateus 3:8)
Quando João Batista começa a pregar e a batizar as pessoas ele enfatiza que devemos nos arrepender de nossos pecados.
Nos dias em que começa a se destacar e ganhar alguma notoriedade, os fariseus e saduceus o procuram para também passarem pelo batismo.
Recebendo revelação do que realmente estava no coração dessas pessoas, João os repreende, dizendo que era necessária a produção de frutos de arrependimento.
Com essa passagem aprendo que o arrependimento não é apenas uma simples frase, uma oração ou um momento. Arrependimento é uma decisão que deve ser sustentada todos os dias e que, sendo verdadeira, gerará frutos que mostrarão a veracidade dela.
Vou dar-lhes um exemplo pois temo não estar sendo claro: às vezes temos que avaliar se uma pessoa está realmente interessada em andar com Deus ou se está apenas passando o tempo na igreja. Fazemos isso sem nenhuma discriminação ou julgamento sobre as pessoas, afinal, todos são bem vindos.
Porém precisamos dessa avaliação para entender quem realmente quer e o quanto devemos entregar de esforços para essa pessoa. Sei que essa frase pode parecer absurda, mas já investi muito tempo e muito esforço em pessoas que simplesmente não queriam nada com Deus, enquanto poderia investir esse tempo em pessoas que estavam sedentas pela Presença.
Uma das maneira que faço essa avaliação hoje, além de orar e seguir a direção de Deus, é verificar se essa pessoa tem produzido frutos dignos de arrependimento. Infelizmente ainda vejo algumas pessoas que dizem querer mas não demonstram interesse algum em se desligar de sua antiga vida, mesmo após meses de aconselhamento e ministrações.
Quando esse pensamento parece muito estranho para mim, lembro-me que Cristo investiu mais tempo de sua vida em alguns que realmente estavam interessados. Ele também tomou a decisão de entregar mais tempo para uns do que para outros.
Para entendermos se uma pessoa quer realmente andar com Deus e viver profundamente arraigada ao corpo de Cristo, precisamos procurar por esses frutos de arrependimento.
Apesar de eu ter falado muito sobre a avaliação que devemos fazer das outras pessoas, é óbvio que eu não poderia terminar esse post sem dizer que isso não se aplica para os outros, mas antes devemos verificar nossas próprias vidas. Temos nós produzido esses frutos? Ou ainda estamos presos aos antigos vícios, aos antigos pecados?
Parece interessante procurar isso nos outros, mas que tenhamos esse entendimento: isso deve começar em nós.
Paz.
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