“Ela, pois, não reconhece que eu lhe dei o grão, e o mosto, e o azeite, e que lhe multipliquei a prata e o ouro, que eles usaram para Baal.” (Oséias 2:8)
É engraçado pensar que Gômer não via que todas as coisas que ofereceu a Baal em adoração fôra dado pelo Senhor, o nosso Deus. É inevitável, independente do nosso esforço, tudo o que temos vem de Deus pois tudo é dEle.
Ele sabe tudo a nosso respeito, tanto o que aconteceu quanto o que acontecerá. Logo, Ele sabia que ela adoraria outros deuses com o que viera dEle, mesmo assim a presenteou. Não há como explicar Sua misericórdia, é imensurável.
Pior ainda é imaginar que Gômer não percebeu essa situação. E essa é justamente a parte que dá para entender.
Por mais indignados que tenhamos ficado com a postura dela, não somos tão diferentes quanto pensamos. Deus nos deu o bem mais precioso que possuímos – a vida – e, mesmo assim, acreditamos que ela é exclusivamente nossa para fazermos o que bem entendermos.
Realmente, Ele também nos deu o livre arbítrio. Entretanto, se um dia confessamos Jesus como salvador, declaramos ao mundo – espiritual e natural – que não pertencermos mais a nós mesmos, mas a Ele. Reconhecemos a paternidade do Senhor.
Este versículo me revelou que absolutamente nada do que tenho – desde itens de higiene pessoal a presentes que dou e recebo de outras pessoas – vieram de algum esforço meu.
Então, ao olhar ao meu redor, é meu dever reconhecer Deus em cada objeto que possuo, em cada lugar que vou, em cada pessoa que conheço. Tudo isso faz parte da obra do Criador, dEle vem e para Ele irão todas as coisas.
É clichê, mas se déssemos valor de verdade, se tivéssemos verdadeira revelação, nosso relacionamento com o Pai seria muito mais íntimo.
Oro para que possamos reconhecer que tudo o que possuímos, todos os bens, a saúde e a própria vida, quem nos deu foi o Pai. E, assim, seja mais fácil entregar a Ele o que é devido.