“Depois de alguns dias, voltou ele para a tomar; e, apartando-se do caminho para ver o corpo do leão morto, eis que, neste, havia um enxame de abelhas com mel.” (juízes 14:8)
Ok, preciso admitir que é uma passagem realmente estranha para mim. Imagine comigo a situação: Sansão insistiu em casar-se com uma mulher do povo inimigo, seu desejo o levou até mesmo a não ouvir o conselho de seus pais.
No meio do caminho um leãozinho, provavelmente um leão pequeno, aparece e ele o mata. Ok, eu não sei o que faria ao ver um leão, entendo o fato de Sansão te-lo matado.
Após alguns dias, note, alguns dias, Sansão volta por um caminho próximo para encontrar-se novamente com sua futura esposa e, desejando ver o leão morto, desvia-se de seu caminho, para ver sua “obra de arte”.
Agora pense: como estava este leão? Se passaram-se alguns dias, é bem provável que aquele animal morto já estivesse fedendo, e quem já viu carniça sabe o quanto é desagradável.
No meio do corpo do leão morto, fedendo, com moscas, havia um favo de mel. Agora eu te pergunto: que ser humano, em sã consciência, iria pegar algo do meio da carniça para comer? Até onde sabemos Sansão não estava passando fome…
Mas ele deseja aquilo, pega, come e ainda oferece aos seus pais! A bíblia relata também que Sansão não contou para eles que havia pego o favo do meio da carniça. Ainda bem! Se meu filho me oferece algo que veio do meio do corpo de um animal morto ele vai ouvir umas poucas e boas.
A grande questão aqui, apesar de eu tratar de uma maneira descontraída, é ver o número de vezes que Sansão agiu baseado naquilo que ele desejava, e não no que era melhor para ele. Sempre que agimos pensando apenas em nossa vontade, e não na perfeita vontade de Deus, corremos um risco sério de estar revirando a carniça enquanto podíamos estar comendo na mesa do Rei.
Não deixe que suas vontades governem você.
Paz.