“E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.” (1 Coríntios 10:6)
No capítulo 10 da primeira carta de Paulo aos coríntios, o apóstolo faz uma analogia do preço que o povo de Israel pagou no deserto pelas muitas desobediências, com o mundo atual. Resumidamente, o que aconteceu no deserto, no caminho entre a saída do Egito e a chegada até a terra prometida, foi que o povo sentia saudades de sua antiga vida escrava no Egito, sob o comando tirânico do faraó.
Agora, será que conseguimos fazer a mesma analogia conosco? Desculpem, é uma pergunta quase retórica ante a obviedade da resposta. É claro que conseguimos. Vivemos querendo voltar para nossa vida escrava nas mãos de satanás. Ops! Fui muito duro. Vou colocar isso com palavras que talvez te agradem mais: vivemos cobiçando as coisas do mundo, que “por amor a Cristo”, rejeitamos em nossa nova vida.
Estou mentindo? Primeiro que não rejeitamos as coisas do mundo por amor a Cristo, mas muitas vezes por medo de um Deus o qual não conhecemos o amor e pensamos que vai nos castigar em vida por nossos pecados. O que demonstra vários erros em relação ao nosso entendimento da palavra e de Deus. Se estivéssemos rejeitando as coisas do mundo por real amor a Cristo e seu feito na cruz, não as cobiçariámos mais. Segundo, se temos medo de Deus nos castigar nesta vida, somos miseráveis que não entendem o amor e a soberania eterna de Deus.
Amados, me perdoem pela dureza das palavras, mas elas vêm primeiro até mim, tentando colocar-me no Caminho e me afastando da cobiça às coisas do mundo. Não pense que estou falando isso e sou perfeito, sou apenas mais um pecador tentando ser um servo inútil. Mas, se você, por menos que seja, se identificou com esta palavra, pense sobre isso. Será que não temos cobiçado demais as coisas deste mundo? Será que isso não demonstra que ainda precisamos da verdade de Cristo em diversas áreas de nossas vidas?
Paz.