“A Timóteo, meu amado filho: Graça, misericórdia, e paz da parte de Deus Pai, e da de Cristo Jesus, Senhor nosso” (2 Timóteo 1:2)
Muitas pessoas relutam um pouco com a ideia da paternidade no meio cristão. Preciso concordar que muitos dos exemplos que vemos não são exatamente bons. Mas isso não invalida a questão, nem a enfraquece. Pelo contrário, é quando vemos que um princípio poderoso está sendo usado de uma maneira incorreta que mais precisamos abordar a questão de maneira séria e clara.
Se analisarmos a relação que existiu de Cristo com os discípulos, de Elias com Eliseu e de Paulo com Timóteo, precisamos reconhecer que aquilo não era apenas um relacionamento de autoridade, era algo mais. E é esse algo mais que eu gosto de chamar de paternidade.
Um relacionamento de discipulador e discípulo deve ser saudável, com o discipulador sempre disposto a servir e o discípulo sempre disposto a amar e respeitar a opinião do mais experiente. Estabelece-se então um relacionamento de autoridade, não de uma maneira incorreta e manipuladora, mas sempre com amor e instrução do Espírito Santo.
Naturalmente, se este relacionamento for saudável, caminhará cada vez para um nível mais íntimo e pessoal, o que podemos chamar de paternidade. É quando o discípulo reconhece o seu discipulador como alguém que foi estabelecido por Deus para cuidar dele e para abencoá-lo. Este nível exige intimidade, respeito, amor, intercessão, tempo e principalmente amor a Deus.
Isso era o que acontecia entre Paulo e Timóteo, a ponto de, diversas vezes, Paulo chamar a Timóteo de filho, como vimos no versículo acima.
Sei que esta é uma descrição breve e simples de uma questão profunda e que exige muito entendimento da Palavra. Devemos sempre estar atentos a quem realmente pode ser considerado como um pai espiritual para nós, pois existem muitos lobos vestidos de ovelhas em nosso meio, mas também existem muitos pais dispostos a gerar o caráter de Cristo nas pessoas.
Paz.
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